segunda-feira, dezembro 29, 2008

Promessas para 2009

É ... chegamos ao fim de mais um ano. Época em que aquelas mesmas mensagens de fim de ano pipocam por todos os lados, cheias de filosofias inspiradoras. Mas, de uma forma ou de outra, este período acaba sendo propício para realizarmos um balanço do que passou e fazermos algumas promessas (a nós mesmos e aos outros).

Em nosso trabalho, durante o ano todo, constantemente temos que ajudar outras pessoas. Da mesma forma, diversas vezes somos ajudados. É essa integração de capacidades, inteligências e habilidades que fazem uma empresa andar. Diante disso, gostaria de convidá-los a fazer 3 promessas para 2009:

1) Prometo que não vou me irritar quando alguém me fizer uma pergunta estúpida, totalmente sem pé nem cabeça, mostrando que sabe muito menos do que deveria saber: ficar irritado com esse tipo de situação não nos faz bem. E pior, o tempo gasto para ficar irritado é muito maior do que aquele necessário para dar uma resposta rápida e objetiva à pessoa, deixando-a totalmente satisfeita. Exemplo: "Estou tentando mandar um e-mail e está dando erro. O endereço de e-mail do cliente é www.cliente.com.br". Explique: "Este endereço que você passou é do site do cliente e não do e-mail dele. Entre em contato novamente e pegue o endereço correto". Pronto: simples e eficiente.

2) Prometo que não vou ser mal-educado com ninguém, mesmo que esse alguém mereça: falta de educação não cabe em nenhum lugar e não resolve nenhum problema, ao contrário, acaba criando outros. Atualmente usamos e abusamos de mensagens escritas, em detrimento às conversas de voz. Mensagens escritas podem ser mal interpretadas por aqueles que as recebem, visto que não há como expressar sentimentos. Desta forma, antes de mandar uma mensagem mal-educada para outra pessoa, leia e releia várias vezes, até que você se acalme. Isso, obviamente, vale também para conversas de voz. Se está nervoso ou irritado com algo, primeiro se acalme, depois converse ou escreva. Com isso, você irá ganhar aliados e amigos que poderão (e com certeza serão) muito importantes para sua vida profissional.

3) Prometo contribuir para a evolução daqueles que trabalham comigo, mesmo que não seja esse o meu papel: quando alguém lhe perguntar algo, ao invés de simplesmente ir lá e fazer a tarefa no lugar da pessoa, "gaste" um tempo explicando à esta pessoa como fazer, pra que fazer e por que fazer. Com isso, você estará agregando novos conhecimentos ao seu colega de trabalho e provavelmente ele não irá encher seu saco perguntando a mesma coisa novamente. Se você não explicar nada, agir como um arrogante, fatalmente terá que fazer o trabalho novamente dentro de alguns dias. Perderá seu tempo e seu bom-humor. Nos dias de hoje não cabe mais aquele pensamento de que a importância de uma pessoa é medida pela quantidade de tarefas que só ela sabe fazer. Isso só irá servir para que ela nunca possa tirar férias, ficar doente e emendar feriados. É fundamental multiplicar o conhecimento. Tenha certeza que todos perceberão o quanto você é bom se fizer isso sempre.

Desejo à todos um 2009 cheio de saúde, paz e sucesso !!!

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Departamento de TI, o "Estraga Prazeres"

A cena é típica: um funcionário quer acessar seu e-mail particular e dá de cara no bloqueio implantado pelo departamento de TI. O funcionário então liga no TI e pede pra liberarem o acesso ao tal site, pedido este que é negado de imediato, afinal de contas é contra as regras de segurança da empresa os funcionários acessarem sites não permitidos e não ligados à função que desempenha. Ele então bate o telefone e esbraveja bem alto para todos ouvirem: "O que custa o TI liberar o acesso só para eu ver um e-mail? Eles se acham donos da empresa ...".

Este funcionário não consegue entender 2 coisas:

1) A equipe de TI está apenas fazendo o trabalho que lhe é solicitado pela direção da empresa;

2) Não há nenhum problema em liberar o acesso à sua conta de e-mail particular. O problema é que não existe só ele na empresa que quer fazer isso e, pior, muitos querem mesmo é acessar sites com outro tipo de conteúdo.

Que o departamento de TI tem fama ruim é inegável. Em alguns casos a fama é merecida, mas na maioria das vezes trata-se de falta de informação de quem critica.

A questão de permitir ou não a navegação livre na internet é um dilema mais do que atual nas empresas. É óbvio que a decisão de liberar ou não o "passe livre" depende muito da cultura da empresa, do ramo na qual atua e, principalmente, da educação de seus funcionários. Quando digo educação, não quero dizer se tem faculdade, pós-graduação, etc. Digo educação no sentido mais amplo da palavra.

Eu costumo sempre lembrar o seguinte: se um recurso disponibilizado pela empresa é bem utilizado, sem exageros, dificilmente será retirado posteriormente. Acontece que se a navegação livre na internet for permitida, sempre haverá aquele engraçadinho irá passar o dia todo em atividades que de profissionais não têm nada. E, fatalmente, esse tempo perdido irá comprometer a qualidade e eficácia do trabalho a ser realizado.

A injustiça é que muitas vezes bons funcionários que usam a internet com bastante discrição e responsabilidade acabam pagando pelos engraçadinhos. O que todos têm que entender é que, na maioria das vezes, não há tempo hábil da equipe de TI para ficar acompanhando e auditando individualmente cada pessoa. Exatamente por isso que várias empresas optam por fazer alguns bloqueios.

Ser responsável com as ferramentas que a empresa disponibiliza é tarefa indispensável ao bom profissional. É nos momentos em que as pessoas acham que não estão sendo observadas que elas realmente se revelam. É questão de educação. Infelizmente está cada vez mais difícil encontrar pessoas educadas.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Caderno de Rabiscos para Adultos Entediados no Trabalho

Algum tempo atrás eu prometi a mim mesmo que não iria mais comprar livros que não estivessem nas listas de mais vendidos ou então que fossem sugestão de pessoas em quem eu confio. Tomei esta decisão depois de comprar alguns livros cuja sinopse e título prometiam uma boa leitura. Depois de algumas páginas eu percebia que seria mais um caso daquele em que eu terminaria a leitura apenas para não ficar com peso na consciência de ter gasto dinheiro à toa.

Mas como ninguém é perfeito, dias atrás li uma entrevista de Claire Faÿ em uma revista que assino. Ela falava sobre o seu livro "Caderno de Rabiscos para Adultos Entediados no Trabalho" (Editora Intrínseca). Achei divertido e interessante e fui procurar o tal livro. Reproduzo parte de sua sinopse abaixo:

Este é um passatempo altamente recomendável para todos os que se sentem estressados no ambiente profissional. Longe das intrigas de escritório, das fofocas de corredor e das reclamações rotineiras, Caderno de rabiscos - para adultos entediados no trabalho funciona como uma válvula de escape ideal para a pressão de funcionários indignados e/ou insatisfeitos.

A autora garante risadas ao propor brincadeiras e "atividades" com seu olhar crítico e bem-humorado sobre o ambiente corporativo. Sem efeitos colaterais ou contra-indicações do departamento de RH, esse livrinho provocante é um sucesso em vários países europeus - permaneceu um ano nas listas de best-sellers franceses, garantiu sua posição entre os dez livros mais vendidos naquele país em 2007, e foi traduzido em dez línguas. Aumentará a popularidade de qualquer um na empresa. ...


Achei legal, divertido, assunto bom para o fim de ano e tal. O livro é baratinho, pensei que valeria a pena. Me enganei redondamente. O livro é simplesmente ridículo. Traz em suas poucas páginas desenhos pra completar e colorir, folhas em branco pra desenhar, figuras pra recortar, etc. Meu filho de 2 anos adorou! Não sei como alguém tem coragem de fazer um livro (se é que posso chamar "isso" de livro) desse. E pior, ainda acha editora disposta a publicá-lo. E em 10 línguas !!!

Resumindo: não comprem. É barato, mas não vale a pena. Serviu de aprendizado pra mim: prometo novamente não comprar livros sem boas indicações. Ah, e outra coisa, não confio mais nos franceses.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Revista Você S/A

A revista Você S/A, da Editora Abril, atua em um nicho pouco explorado no Brasil, que é o de aconselhamento de carreira e investimentos. Existem inúmeros livros sobre o assunto, mas revistas são muito poucas. Sou assinante já há alguns anos e tenho uma relação de "amor é ódio" com a revista.

Sinto "amor" porque é uma revista bem feita, bem editada, com informações atualizadas e importantes. Sou da opinião que todo o conhecimento de qualidade agrega valor às nossas vidas. É importante saber sobre novas tendências, cursos, teorias, principalmente quando se ocupa um cargo de liderança. Sua leitura também faz com que o profissional não se acomode, esteja continuamente em busca de aperfeiçoamento. Mas é aí que vem o "ódio" ...

Muitas vezes, ao ler alguns artigos ou notícias a primeira reação que vem à mente é: "Nossa, eu realmente estou ganhando mal, sabendo pouco e preciso melhorar demais pra ser alguém respeitado profissionalmente !!!". E não sou eu o único a pensar desta forma. Já conversei com alguns amigos sobre este assunto e eles se sentem da mesma forma.

A questão é que a linha editorial da revista é exageradamente focada em profissionais no topo do mundo empresarial. São constantes as reportagens falando sobre cursos e mais cursos no exterior, anos sabáticos, experiência profissional nos 5 continentes, salários astronômicos, ascensão meteórica ...

Você nunca morou no exterior? Ah, não acredito !!! Não teve seu salário multiplicado por 7 nos últimos 5 anos? Está mal, hein ?! Não sabe falar fluentemente inglês, espanhol e mandarim ? Você estará fora do mercado nos próximos anos ... Esta é a idéia que fica ao ler os artigos e reportagens.

O que eu acredito é que a revista deveria descer um pouco do pedestal. É lógico que existem profissinais com as características acima citadas. Melhor ainda seria se todos tivessem a oportunidade de ter estes conhecimentos. Mas a vida real não é assim!!! Eles se esquecem da multidão de profissionais que fazem as empresas funcionarem dia após dia e que não são esses "super-heróis" que ilustram as reportagens. Cada um tem o seu papel! Ninguém estará fora do mercado por não saber falar mandarim, muitos não estarão mesmo sem falar inglês.

O que me motivou a escrever sobre este assunto é que na sua última edição, em um artigo entitulado "Sem filme queimado", a autora afirma que o Português está em desuso para alguns executivos. Como assim??? Executivos brasileiros, que moram no Brasil, que gerenciam empresas brasileiras (ou filiais brasileiras) não estão falando mais o Português? Ah, me poupem ... Por ironia do destino, no mesmo artigo há um erro de Português bem característico: usaram a palavra "descrição" ao invés de "discrição". Para ajudar aqueles que já tem estão com o Português em desuso, seguem abaixo os significados das duas palavras:

dis.cri.ção
s. f. 1 Qualidade de discreto. 2 Circunspeção, prudência.

des.cri.ção
s. f. Ato ou efeito de descrever.

sexta-feira, novembro 14, 2008

A crise


Recebi o texto abaixo e achei muito interessante. Mostra, de forma clara e fácil a forma como o medo de uma crise financeira acaba por gerá-la.


Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorro quente, ele não tinha rádio, televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia bons cachorros quentes. Ele se preocupava com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava. As vendas foram aumentando e cada vez mais ele comprava o melhor pão e a melhor salsicha. Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender uma grande quantidade de fregueses e o negócio prosperava.

Seu cachorro quente era o melhor de toda região! Vencedor, ele conseguiu pagar uma boa escola ao filho. O menino cresceu, e foi estudar economia em uma das melhores faculdades do país. Finalmente, o filho já formado, voltou para casa, notou que o pai
continuava com a vidinha de sempre e teve uma séria conversa com ele:

- Pai, então você não ouve radio? Você não vê televisão e não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo, a situação do nosso país é crítica. Está tudo Ruim! O Brasil vai quebrar!

Depois de ouvir as considerações do filho doutor, o pai pensou: bem se meu filho que estudou economia lê jornais, vê televisão, acha isto então só pode estar com a razão. Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e é claro, pior) começou a comprar salsichas mais barata (que era também a pior) para economizar, parou de fazer cartazes de propaganda na estrada, abatido pela
noticia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta.

Tomadas essas "providências", as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo e chegaram a níveis insuportáveis e o negócio de cachorro quente do velho, que antes gerava recursos até para fazer o filho estudar economia na melhor escola. Quebrado, o pai, triste, então falou para o filho:

- "Você estava certo, meu filho, nós estamos no meio de uma grande crise. "

E comentou com os amigos, orgulhoso:

- "Bendita à hora em que eu fiz meu filho estudar economia, ele me avisou da crise...”

sexta-feira, novembro 07, 2008

Os "muito ocupados"

Você conhece algum colega de trabalho que sempre que você lhe pede alguma coisa ele não pode fazer porque está muito ocupado? Creio que em toda empresa deva ter no mínimo uma pessoa que nunca está disponível. Tenho uma teoria à respeito dos eternos ocupados: ou eles são bobos ou incompetentes.

Estar ou ser ocupado não é nenhum problema. Pessoas inteligentes e eficazes muitas vezes se encontram em situações de bastante stress sobrecarga. O que não é normal é uma pessoa estar SEMPRE muito ocupada. Quando alguém precisa de sua ajuda, ela logo responde que não vai poder ajudar ou então que vai demorar para ajudar. E o pior, sempre que precisa da nossa ajuda fica no nosso pé cobrando a coisa pra ontem.

Eu digo que uma pessoa assim é boba ou incompetente, vou explicar. Boba se realmente estiver sobrecarregada de trabalho e responsabilidades e fica quieta, sem reclamar, sem apontar esse excesso ao seu superior. Qualquer profissional, por mais capaz que seja, não consegue realizar um trabalho de qualidade quando está sobrecarregado. É bobo sim, não pode aceitar isso sem falar nada. Se ele não for bobo, é pior ainda, é incompetente. Podemos encontrar dois tipos de incompetentes:

1) Incompetente incapaz: a pessoa realmente não tem inteligência ou formação suficiente para aquele cargo. Não consegue fazer o que lhe pedem com agilidade e qualidade, o que acaba gerando sobrecarga de trabalho. Nesse caso, talvez o incompetente seja o menos culpado. Quem é culpado mesmo é o chefe dele que não percebeu que ele não serve para o cargo (talvez seja ótimo para fazer outra coisa);

2) Incompetente boa vida: fica o dia todo na internet, MSN e afins. Enrola o dia todo e o serviço vai acumulando. Aí quando realmente vê que não tem mais jeito, terá mesmo que executar o trabalho solicitado aí fica de cara feia, amarrada e não permite interrupções. Reage de forma meio agressiva quando lhe solicitam outra coisa, porque está "muito ocupado".

O profissional moderno, buscado pelas boas empresas tem que se mostrar disponível. Afinal de contas ele está lá pra atender às demandas internas e externas. Se você é um daqueles "sempre ocupados", reveja seus conceitos.

sexta-feira, outubro 24, 2008

O que é capaz de resolver, mas não de impressionar

Vários anúncios de emprego me chamam a atenção pelo que pedem dos candidatos à vaga. Muitos querem alguém em início de carreira com experiência, fluência em idiomas, perfil de liderança, etc, etc, etc, etc. Isso beira ao ridículo, penso que algumas empresas deveriam descer do seu "altar" e serem mais condizentes com a realidade.

Tudo bem que há muita gente disponível no mercado, mas contratar alguém com capacitação acima do que o cargo exige irá, sem dúvida alguma, gerar insatisfação desta pessoa e como consequência queda de produtividade e a saída da empresa.

O texto abaixo, do consultor Max Gehringer ilustra bem esta idéia:

Vi um anúncio de emprego. A vaga era de Gestor de Atendimento Interno, nome que agora se dá à Seção de Serviços Gerais.

E a empresa exigia que os interessados possuíssem - sem contar a formação superior, liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de informática, fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem HANDS ON.

Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía essa variada gama de habilidades, o salário era um assombro: 800 reais.Ou seja, um pitico.
Não que esse fosse algum exemplo fora da realidade. Ao contrário, é quase o paradigma dos anúncios de emprego.

A abundância de candidatos permite que as empresas levantem cada vez mais a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido. E muitos, de fato, saltam. E se empolgam. E aí vêm as agruras da super-qualificação, que é uma espécie do lado avesso do efeito pitico....

Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno...

E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, Gerente da Contabilidade.

Seu Borges: -- Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.
Fabiana: -- In a hurry!
Seu Borges: -- Saúde.
Fabiana: -- Não, Seu Borges, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês. Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português?
Seu Borges: -- E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?
Fabiana: -- O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque eu tenho profundos conhecimentos de informática.
Seu Borges: -- Não, não.. Cópias normais mesmo.
Fabiana: -- Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.
Seu Borges: -- Fabiana, desse jeito não vai dar!
Fabiana: -- E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.
Seu Borges: -- Como assim?
Fabiana: -- É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.
Seu Borges: -- Olha, neste momento, eu só preciso das três cópias.
Fabiana: -- Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...
Seu Borges: -- Futuro? Que futuro?
Fabiana: -- É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não aconteceu nada.
Seu Borges: -- Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!
Fabiana: -- Sei. Mas o senhor é hands on?
Seu Borges: -- Hã?
Fabiana: -- Hands on....Mão na massa.
Seu Borges: -- Claro que sou!
Fabiana: -- Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada.

Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções:

1 - Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não têm as qualificações requeridas.
2 - E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mas não poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava delas.

Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores.

Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha. Admitimos um montão de gente superqualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado confundiria nossa salinha do café com a Fundação Alfred Nobel.
Pessoas superqualificadas não resolvem simples problemas! Um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas e no meio da estrada, a van da empresa pifou. Como isso foi antes do advento do milagre do celular, o jeito era confiar no especialista, o Cleto, motorista da van. E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha informática e energia e criatividade e estava fazendo pós-graduação... só que não sabia nem abrir o capô.

Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta. Para horror de todos, ele falava "nóis vai" e coisas do gênero. Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar. Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida.

Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as Empresas modernas torcem o nariz: O QUE É CAPAZ DE RESOLVER, MAS NÃO DE IMPRESSIONAR.

Max Gehringer

quarta-feira, outubro 22, 2008

Descuidos que podem atrapalhar uma carreira, por Max Gehringer


Dez sugestões para que todos façam uma auto-avaliação:

1) Evitar fazer inimizades e criar confrontos: a dificuldade para se relacionar com superiores e colegas é, de longe, o maior empecilho para uma carreira bem sucedida;

2) Perguntar muito e sempre: boa parte do que aprende em uma empresa não está nos manuais, está na experiência de quem já sabe como a empresa funciona;

3) Nunca fazer afirmações sem ter certeza, porque sempre haverá alguém por perto que entende do assunto;

4) Investir primeiro no óbvio, aprendendo a falar bem e escrever bem. Um bom técnico que não sabe se comunicar, dificilmente passa dos estágios iniciais da carreira;

5) Estar sempre atualizado com a tecnologia, porque ela avança muito rapidamente. No mínimo é preciso saber usar os aplicativos mais utilizados no mercado de trabalho;

6) Não mencionar à toa e à toda hora cursos, títulos e viagens: o conhecimento deve ser usado para contribuir e não para impressionar;

7) Fugir do preciosismo: levantar com frequência questões sobre o detalhe do detalhe é a maneira mais rápida de ganhar o indesejado rótulo de chato;

8) Ao fazer uma crítica ter a sensibilidade para se colocar no lugar a outra pessoa: sempre é possível encontrar uma maneira de dizer a verdade sem machucar ninguém;

9) Solicitar mais tarefas e mais responsabilidades: reclamar nunca foi um bom combustível para a carreira;

10) Não acreditar em conspirações: a carreira empaca quando um profissional não consegue fazer com que os outros o vejam como ele mesmo se vê. Por isso, mudar de empresa não vai adiantar, é preciso mudar de tática.

Fonte: http://cbn.globoradio.globo.com/cbn/comentarios/max.asp

quinta-feira, outubro 16, 2008

MBA


Vemos atualmente a popularização dos cursos de MBA. Têm em todo lugar, com valor dividido em 30, 40 vezes. Totalmente acessível. Além disso, virou "moda" fazer MBA. O pensamento dominante é que o MBA é um curso de pós-graduação. Muitas vezes recém-formados, na ânsia de enriquecerem seus diplomas se matriculam nos MBAs. Estratégia errada !

MBA não é pós-graduação, pelo menos não em seu conceito original. É necessária certa bagagem profissional para que um curso desse seja proveitoso. Obviamente que, qualquer curso de qualidade traz conhecimentos, não é por si só ruim, independente do estágio em que se encontra o profissional. Depois de ler um livro sobre física quântica, com certeza saberei mais sobre o assunto que antes. Mas terei o conhecimento que poderia ter sobre assunto se eu tivesse uma base melhor no assunto?

Mas de quem é a culpa por temos tantos despreparados nos cursos de MBA. As escolas que nos inundam de propagandas? As publicações e livros que dizem repetidamente que quem não tem MBA está fora do mercado? O profissional que na ânsia de conseguir um bom emprego sai fazendo todo curso que aparece pela frente? De todos eles. Mas a parcela maior cabe àquelas empresas que se encantam em ver nos currículos os cursos de MBA sem sequer analisar se o candidato realmente tem bagagem e conhecimento condizente com os cursos que fez.

Ouçam a opinião do consultor Max Gehringer sobre o assunto clicando no botão de "Play" abaixo:

quarta-feira, outubro 15, 2008

Pedaços de mim

"Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo."

A mensagem acima, de Martha Medeiros, é extremamente inspiradora. Procure lê-la com calma, como se estivesse recitando uma poesia. Leia uma, duas, três vezes ... O significado da mensagem é de utilidade para todo mundo, em especial àqueles que vivem vendo o tempo passar sem vontade de mudar a sua própria história, sem buscar os seus próprios sonhos.

quarta-feira, outubro 08, 2008

Um exemplo vale mais do que mil palavras

Pessoas educadas e solidárias, infelizmente, estão em extinção. Temo pelo futuro visto que as pessoas de hoje são responsáveis por educar os adultos de amanhã. Na vida pessoal e profissional nunca os exemplos foram tão importantes.

O vídeo abaixo, veiculado na Austrália visa enfatizar a importância dos exemplos na educação das crianças.



Fonte: http://www.oqueinspira.com.br/

Aviso prévio



No último dia 5 foi realizado o primeiro turno das eleições municipais. Conversando com algumas pessoas sobre este assunto, um amigo comentou que em uma cidade da região o atual prefeito declarou que, se não fosse reeleito, antes de sair iria jogar terra nos motores dos veículos da prefeitura com o simples objetivo de dificultar a vida do eleito quando assumir em janeiro.

Isso me fez pensar. Nos casos em que o atual prefeito não é reeleito, esse período compreendido entre a divulgação do resultado da eleição e a data em que o eleito assume o cargo funciona exatamente como o tão famoso aviso prévio nas empresas. Eu sempre achei que o aviso prévio é a coisa mais estapafúrdia inventada no relacionamento entre empresa e empregado. Tanto no caso em que o funcionário é demitido quanto no caso em que ele se demite, o aviso prévio não faz nenhum sentido. Tanto é que várias empresas acabam abrindo mão desse recurso quando demite alguém.

Manter um prefeito na prefeitura durante mais de 2 meses sabendo que em janeiro assumirá um adversário seu é um erro terrível. Obviamente que o eleito não poderia assumir do dia seguinte, é necessário um período de transição. De qualquer forma, esse período pode ser usado (e em muitos casos é) para todo tipo de corrupção e atividade ilícita.

O conceito é o mesmo em uma empresa. Que sentido faz um funcionário que foi demitido permanecer na empresa por mais 30 dias ? Que motivação ele terá ? Fará as coisas da maneira correta, com responsabilidade ? Dependendo do motivo da demissão é muito possível que esse período seja usado para algum tipo de vingança. De forma semelhante, também não faz sentido algum obrigar um funcionário a cumprir aviso prévio quando este pediu demissão. Se ele pediu pra sair é porque, por um ou vários motivos, não deseja mais trabalhar na empresa. Que qualidade poderemos exigir ou obter desta pessoa até que esse prazo seja finalizado ?

Por estas e outras que a legislação trabalhista brasileira necessita urgentemente de uma modernização. Mas em um país em que o governo federal colocou em cargos importantes vários ex-sindicalistas, definitivamente e infelizmente não é uma coisa a se esperar.

sexta-feira, outubro 03, 2008

Excelente frase sobre treinamento de funcionários

"A única coisa pior do que treinar os funcionários e os perder é não treiná-los e os manter"

Zig Ziglar

terça-feira, setembro 30, 2008

"Eu juro que não apertei o botão !"



No último dia 28 aconteceu a primeira prova noturna da história da Fórmula 1, em Cingapura. Foi um espetáculo maravilhoso. Em termos da disputa do campeonato, a diferença do líder Lewis Hamilton para Felipe Massa era de apenas um ponto. Massa era o pole position e por ser um circuito "travado", tinha grande chances de vencer a corrida e se tornar o novo líder, faltando apenas 3 etapas para o fim. Tudo ia bem até que outro brasileiro, Nelsinho Piquet bate seu carro, obrigando a entrada do "safety car". Nesse momento, vários pilotos resolveram entrar nos boxes para reabastecimento e troca de pneus, inclusive Felipe Massa.

Para quem não conhece bem Fórmula 1, enquanto o carro fica parado nos boxes, um mecânico segura uma placa bem na frente da cabeça do piloto pra indicar que ainda não está liberado. Quando terminam o trabalho, o piloto vira a placa, indicando ao piloto para já engatar marcha e depois, com uma nova indicação, sinaliza que ele pode sair. Essa placa tem o curioso nome de pirulito. É usada há bastante tempo, por todas as equipes. Acontece que a Ferrari resolveu modernizar, criou um luminoso, tipo um semáforo onde temos luz vermelha (permanecer parado), luz amarela (engatar a marcha) e verde (liberado para sair). Acontece que esse luminoso é controlado por um mecânico e, naquele dia, o que aconteceu foi uma trapalhada das grandes. O carro ainda estava sendo abastecido e o tal mecânico acendeu a luz verde. Massa, obviamente, acelerou o carro, levando a mangueira de combustível junto, derrubando um mecânico ... Enfim, lambança total !!! Resultado: Massa teve que voltar aos boxes para retirar a mangueira, sofreu uma punição e não conseguiu chegar à zona de pontuação da corrida. Lewis Hamilton, seu principal concorrente ao título, chegou em terceiro, aumentando a vantagem para 7 pontos.

Primeira conclusão: existem coisas que NÃO precisam ser modernizadas. O tal do pirulito funciona bem faz tempo. É a mesma coisa de querermos modernizar o palito de dentes, o palito de fósforo (talvez colocando a cabeça do outro lado ! rs). Segunda conclusão: a culpa foi de quem ? Do mecânico que acendeu a luz verde na hora errada ? Que nada ... Eu aposto que ele disse: "Eu juro que não apertei o botão, foi problema do sistema !". Essa é a mesma resposta que muita gente utiliza hoje em dia.

Com a disseminação do uso de computadores nas empresas dificilmente alguma coisa que não é feita por intermédio deles. Tudo é feito "no sistema". Obviamente isso gera um ganho de produtividade imenso, tarefas que antes eram feitas em dias agora são feitas em minutos. Não cabe discussão quanto à isso. Mas a questão é que maus profissionais ganharam de bandeja um bode expiatório. Tudo que acontece de errado, "é culpa do sistema", "eu juro que fiz certo", "deu erro na hora que eu estava fazendo ...".

Como softwares são feitos por seres humanos, eles realmente estão sujeitos à bugs e erros. E não são poucos, infelizmente. Nos dias de hoje as empresas têm investido mais em qualidade de software e testes com o claro objetivo de evitar tais problemas. Por outro lado, mesmo que os bugs e erros aconteçam, eles não acontecem TANTO como nos fazem acreditar algumas pessoas. O bom funcionamento de um software também é de responsabilidade do usuário, e não somente das pessoas que o desenvolvem. O que acaba acontecendo, principalmente em empresas que têm a área de TI forte, bem organizada é que, invariavelmente, com o tempo esse tipo de usuário acaba perdendo a credibilidade. E credibilidade é igual confiança, perde-se apenas uma vez.

sexta-feira, setembro 26, 2008

O valor do conhecimento nos dias de hoje por Waldez Ludwig



Para quem preferir ler o conteúdo da entrevista, eu transcrevi abaixo:

Há uma transformação na economia toda. O "resumo da ópera" é assim: nós temos uma economia baseada em conhecimento. Só se vende, só se compra ... é conhecimento. Se ela é baseada em conhecimento, o que importa mesmo é a inovação. O que importa para uma empresa, o único fator de competitividade que sobrou chama-se inovação, capacidade de inovar. E inovação, só vem de gente. Inovação não vem de máquina. Então o ser humano passou a ser a chave da estratégia das empresas. O empresário bacana sabe que a única coisa que presta na empresa dele são os funcionários dele. O resto não vale nada ! Empresas com patrimônio do tamanho dessas companhias aéreas aí e com problemas, certo ? O melhor equipamento do mundo ... não adianta isso se você não colocar seu funcionário em primeiríssimo lugar. É a única coisa que vale ! Tá certo ?

Se eu deixo de ser "senhor de engenho", eu não preciso de "capataz". Por que que tem "capataz" ? Porque o "senhor de engenho" detesta sujar as mãos. Então, o que que ele faz ? Contrata um "capataz". Nas nossas empresas ele dá o nome de gerente pra esse cara. Aí você pergunta: "O que é que você faz?", pro gerente. "Nada ...". Certo ? "O que é que você faz aqui ?" ... "Eu coordeno". "Eu supervisiono" ... Nada, ele não faz nada !!! Ele passa o dia como "capataz". Ou seja, controlando os outros. Certo ? "Acabou o que eu pedi ?", "Cadê o relatório porque o homem tá pressionando ...". Sempre tem um homem pressionando o cara. Ele fica no meio-de-campo ... está desempregado o cara. É um cara que não sabe fazer nada. Só controlar os outros. "Me dá aqui que eu assino" ... ele adora assinar.

Agora, essa estrutura ainda vive porque se tem "senhor de engenho", se tem "capataz" é porque existe a terceira raça, que é a maioria das pessoas que tem vocação pra escravo. Aí é a questão do empreendedorismo. Eu não posso mais ir pro mercado de trabalho como um escravo. O que que é um escravo ? Detesta trabalhar ... E é fácil fazer o teste, é fácil fazer o teste para saber se é escravo ou não. Você pergunta pra pessoa assim: E se você ganhasse na Mega-Sena ? Aí o cara responde assim: "Se eu ganhasse na Mega-Sena eu não passava nem na porta daquela empresa". Ele odeia trabalhar. Bom, ele tem a síndrome do domingo à noite, ele confunde o salário completamente, ele acha que ganha pouco e ponto final. Ele esquece que a regra do salário é igual no mundo inteiro, desde a época de Adão e Eva. As pessoas recebem pela sua raridade e não pela sua importância. Os professores estão em alta e ganhando pouco. Por que ??? Porque tem muito !!! E o Popó ganhou em dois minutos o que um professor nunca vai ganhar. Mas Popó só tem um ! E professor tem muito !

E, o erro definitivo do escravo: é trabalhar mal porque ganha pouco. (Pergunta) "Por que que você está trabalhando tão mal ?". (Resposta) "Porque eu ganho pouco. Com o dinheiro que eles me pagam, não é pra fazer trabalho espetacular não". E aí ele fica ali. Quem é que vai te achar ??? A minha orientação: primeiro, se você ganha pouco, você tem que fazer um trabalho espetacular !!! Porque aí alguém te acha ! O cara que começa a jogar bola, ele começa a jogar bola ganhando salário mínimo. E ele não faz gol contra porque ganha pouco. "Vou fazer gol contra !" "Por que?" "Porque eu ganho pouco ...". Ele vai e mostra o talento dele, e aí alguém descobre. Se você ganha pouco, faça um trabalho espetacular !!! Olha que engano ... E o pior ainda: o escravo tem essa coisa de não gostar muito de salário. Gosta do benefício. "Tem ticket, tem vale ? O importante é cesta básica!" Por que isso ? Porque a estrutura industrial ainda está aí, a velha, para a maioria das empresas. [Um funcionário que é maravilhoso e que nunca é reconhecido, o que ele tem que fazer ? Se demitir da empresa ?] Claro !!! Você faz um trabalho espetacular e o cara continua pagando pouco ...

Mas você tem que saber quanto você vale no mercado. O cara chega pra mim e diz "Eu quero aumento". Eu digo: "Tem alguém querendo contratar você?". "Não". Então ... isso é no mundo todo, não importa se é socialismo, se é comunismo ou capitalismo, isso vem desde Adão e Eva. Então você tem que saber quanto você vale também, pra poder exigir. É igual passeata de servidor público: "Eu quero, eu quero !!!" Estou vendo que quer, mas ... "Quanto você vale ? Me diga quanto você vale". Infelizmente é assim. Esse modelo industrial velho morreu então. É o fim do capataz, morre junto o tal do gerente. É o fim, completo, da escravidão. Agora sim acabou a escravidão.

terça-feira, setembro 23, 2008

Chega (só) de INICIATIVA !



Quantas vezes você já ouviu falar: "Você precisa ter mais iniciativa !!!" ? Pois é, todos já ouvimos isso inúmeras vezes. Atualmente, seguindo a onda de que todos devemos ser líderes, uma das principais qualidades exigidas nos processos seletivos é a INICIATIVA. A questão é que não basta só a iniciativa, precisamos da ACABATIVA (essa palavra não existe, mas bem que deveria !).

Todo final de ano, na noite do Reveillon, prometemos ler mais, aprender Inglês, ser mais tolerante e amável com o parceiro, economizar um pouco, praticar exercícios físicos, etc, etc, etc. Toda noite de domingo prometemos fazer aquela bela dieta e ir à academia a partir de segunda. De tudo isso que prometemos, o que realmente realizamos ? Pouca coisa. E sabem o porquê ? Porque falta ACABATIVA, só temos a INICIATIVA.

A relação entre a iniciativa e a acabativa pode ser analisada sob vários aspectos, exemplos é que não faltam. A conclusão geral é a de que a maioria das pessoas é muito criativa mas extremamente ruim na execução de suas idéias. Seja por preguiça ou por falta de preparo a verdade é que sempre ficamos esperando que alguém execute a nossa idéia ou que por alguma intervenção divina aquilo aconteça sem o nosso esforço.

Se você acha que precisa e quer fazer um curso de Inglês, não tem jeito. Tem que reservar um dinheiro para pagar, tem que ir lá fazer a matrícula, tem que fazer o teste pra ver o seu nível atual, tem que sair de casa duas vezes por semana e ir lá assistir e participar da aula, mesmo que o seu dia tenha sido extremamente cansativo. Se você quer emagrecer, também não tem jeito: tem que comprar uma roupa adequada, encontrar um local em que possa praticar exercícios, sair de casa, ir até a este lugar e fazer os exercícios físicos. Só pensar, infelizmente, não emagrece.

sexta-feira, setembro 19, 2008

O meu Everest


Esta semana assisti à palestra entitulada "O meu Everest", realizada por Luciano Pires. Luciano foi um alto executivo de uma multinacional do setor de auto-peças por vários anos. Começou a se interessar pelo Everest há vários anos e depois de muito ler e ver documentários sobre sua escalada decidiu encarar o desafio de chegar até o acampanhamento base do "teto" do mundo. Acima disso, somente para profissionais.

Luciano conta em sua palestra como foram os preparativos técnicos e psicológicos, a organização da viagem, a chegada ao Nepal e todo o processo de subida até o acampamento base. Ele realmente tem o dom da oratória como diriam os antigos, fala muito bem, prende a atenção, usa farto material e faz analogias muito simples e interessantes entre sua aventura e nossa vida pessoal e profissional. Tudo isso sem cansar o público.

Recomendo à todos que tiverem a oportunidade, que participem de uma palestra do Luciano Pires. Realmente vale a pena. Ele escreveu um livro sobre sua aventura, também chamado "O meu Everest". Não o li ainda, mas acredito que seja da mesma qualidade. Além disso, indico o site www.omeueverest.com . Muito interessante !

quarta-feira, setembro 17, 2008

Palestra com Max Gehringer


Tive a oportunidade de participar esta semana de um evento organizado pela AMCHAM (Câmara de Comércio Americana) através de um convite enviado por uma empresa parceira. O evento consistiu de duas palestras e de oportunidade de contatos com as pessoas presentes. Uma das palestras foi realizada por Max Geringher.

Para quem ainda não o conhece, trabalhou vários anos em grandes empresas brasileiras e agora é consultor de carreira, com um quadro de muito sucesso no Fantástico, da Rede Globo. Dentre as muitas risadas e lições que foi possível tirar da palestra, uma em especial me chamou a atenção.

Max contou que após o primeiro dia de trabalho de sua vida, chegando em casa sua avó lhe perguntou : "Gostaram de você ?". Ele, de bate-pronto respondeu à avó que não tinha essa de terem gostado dele, o que era importante era ele ser competente, fazer o que lhe pediam com qualidade. Vários anos depois, já diretor de uma multinacional foi à França fazer um curso para executivos com um dos maiores nomes dessa área no mundo. Além de Max, havia diretores de várias partes do mundo. O professor, depois de discutir um assunto pediu que cada um fizesse uma apresentação sobre o que havia entendido. Um deles, australiano, por ter ficado a noite inteira bebendo, não preparou nada e no outro dia fez uma apresentação extremamente divertida mas totalmente sem relação com o assunto. Obviamente recebeu a nota mínima. Entretanto, o professor perguntou: "Se tivessem que escolher uma apresentação que não a sua própria para repetir aqui na frente, qual escolheriam ?". Todos foram unânimes em escolher a apresentação do australiano. O professor questionou novamente : "Sabem o porquê de terem escolhido o australiano ?". Depois de alguns minutos de silêncio, ele esclareceu : "Escolheram-no por que GOSTARAM dele !". Nesse momento Max, totalmente surpreso, se lembrou do que sua avó analfabeta e ignorante havia lhe falado tanto tempo atrás.

A lição que fica é a de que não basta sermos competentes, estudados, fazermos as coisas certas na empresa. Precisamos "ser gostados" ! Quando todos gostam da gente é sinal de que realmente estamos no caminho certo.

terça-feira, setembro 16, 2008

Formação sim, mas e emprego ?



Durante o período eleitoral o que mais ouvimos são as promessas dos candidatos. Uma delas sempre me chama a atenção: investir na formação profissional da população, principalmente em cursos técnicos. Obviamente que não tem como ser contra uma proposta dessa, afinal realmente o brasileiro precisa de formação, de mais anos de estudo. Por outro lado, de que adianta formar todo mundo, com diplominha na mão se não houver vagas para absorver essa mão-de-obra que estará mais qualificada ?

É consenso no meio acadêmico e também entre vários estudiosos que, quanto melhor a formação profissional da população de um país, maiores condições ele terá de crescer. A idéia seria mais ou menos assim: um país que tiver lixeiros, pedreiros, peões de fábrica com no mínimo segundo grau, melhor ! Se tiver lixeiros, pedreiros, peões de fábrica com curso superior, melhor ainda ! Certo ? Sim, é claro.

Quanto maior a qualificação média, mesmo que o trabalho não exija tanto, mais condições esse profissional terá de desempenhar suas funções com excelência. A questão é que, se cargos que exigem pouca qualificação têm pessoas com boa formação trabalhando é sinal de que em cargos mais importantes, teremos pessoas ainda mais qualificadas.

Acontece que, uma pessoa que investe tempo e muitas vezes dinheiro em formação profissional, deseja melhorar de vida, ganhar mais, conseguir melhores empregos. Para o país é ótimo ter pós-graduados limpando as ruas, mas e para eles ? Desmotivante ...

Desta forma, não basta os políticos prometerem investir em formação e capacitação profissional. Precisam também atrair novas indústrias, estimular empresas de ponta, formar um parque industrial forte que possa absorver esse contingente de pessoas que estudaram e estão melhor qualificadas.

Além disso, é temeroso aumentar de uma hora para outra o número de faculdades e cursos técnicos como andam prometendo. Parece que é simples : "Vamos criar uma universidade municipal", "Vamos criar cursos profissionalizantes em todos os bairros" ... Uma pergunta básica: onde vão encontrar professores em quantidade e qualidade suficientes ? O que vai acontecer é o que vemos, infelizmente, em muitos lugares: professores fingindo que ensinam e alunos fingindo que aprendem, esperando logo chegar o intervalo pra matar as últimas aulas.

quarta-feira, agosto 13, 2008

Perfil pessoal e profissinal: qual é mais importante ?



Umas das principais preocupações de um líder é montar uma equipe qualificada e confiável, daquelas em que se pode confiar problemas e esperar soluções. Para que isso seja possível devemos buscar pessoas inteligentes, comprometidas, esforçadas e motivadas. Essa tarefa talvez seja uma das mais árduas daqueles que detém um cargo de liderança.

O problema começa em encontrar no mercado esse tipo de profissional. As empresas, principalmente as maiores, já acordaram para o fato de que é fundamental reter pessoas qualificadas. Dessa forma, menos profissionais com essas características encontram-se disponíveis. Em várias entrevistas que já participei nota-se uma pessoa tecnicamente bem preparada mas totalmente despreparada para assumir responsabilidades e se tornar um profissional confiável.

Sempre tive uma opinião: não encontrando uma pessoa preparada para uma vaga é muito melhor selecionar alguém com perfil pessoal interessante e treiná-la tecnicamente do que o inverso. Muder o jeito de ser de alguém não é tarefa fácil. Em alguns casos é impossível. E nada pior do que alguém que não "combine" com o jeito de ser da equipe e com a cultura da empresa. Será a laranja podre do cesto.

Obviamente que selecionando profissionais sem o devido preparo técnico devemos fazer um acompanhamento atento ao seu desenvolvimento nos primeiros meses. Não ter conhecimento não é defeito pra ninguém, as manter-se no mesmo nível pra sempre é inadmissível. A evolução tem que ser mostrada pelo profissional. Se isso não acontecer surgirá um sério candidato a não ter o contrato de experiência renovado.

segunda-feira, agosto 04, 2008

Moleskine



Ao ler a coluna "Agenda do CEO" da edição 121 (julho de 2008) da revista Você S/A me deparei com o desenho de um bloco de anotações muito charmoso. Nessa coluna, o CEO entrevistado diz do que ele não abre mão. Abaetê de Azevedo, da empresa Rapp Collins, dentre outras coisas disse que não abre mão do seu Moleskine.

Afinal de contas, o que é um Moleskine ? Usando a descrição feita no site Efetividade.Net (http://www.efetividade.net), "os Moleskines são blocos e agendas de uma linha especial, com qualidade fora do comum. O papel é acid-free, então não fica amarelado ao longo do tempo. A linha é composta por vários modelos, e cada um deles tem características próprias - tem para desenho, para agenda de compromissos, agenda de contatos, arquivamento e vários outros modelos específicos. Além de todas as utilidades, é um presente original e criativo, embora nada barato".



Continuando, ainda com informações do Efetividade.Net: "comprar um Moleskine no Brasil não é tão fácil - nunca vi à venda em papelarias, nem em lojas de presentes ou mesmo de importados. Talvez seja mais fácil encontrar um amigo que esteja indo para o exterior e pedir que ele procure um dos representantes cadastrados".

Depois de ler tudo isso, parece que fiquei ainda com mais vontade de ter um Moleskine. Percebi que era um produto diferenciado, charmoso, que torna o processo de anotações uma coisa mais nobre. Já me imaginei usando o meu Moleskine nas reuniões e impressionando a todos.



Como não encontrei uma forma fácil de comprar um Moleskine original no exterior (meus amigos não costumam viajar para a Europa ... rs), resolvi pesquisar no Google se havia alguma forma de adquiri-los no Brasil. Depois de muito pesquisar, encontrei o site da Cícero Papelaria (http://www.ciceropapelaria.com.br). A empresa, sediada no RJ faz produtos semelhantes aos Moleskines originais. Segundo me informaram por e-mail, "é um produto muito semelhante. É sempre comparado. Posso te dizer que a qualidade é superior e o preço, muito mais saboroso". Complementando, "temos um cuidado grande com nossos clientes. Nosso produtos são feitos com matéria-prima 100% nacional. Posso te dizer que temos muitos fãs pelo Brasil no momento. Muitos que usam o moleskine migraram para a nossa marca. Não buscamos fazer algo pela metade. Não somos uma cópia".

Depois de trocar alguns e-mails e ser muito bem atendido, comprei dois blocos de anotações, um menor e outro maior. Depois de alguns dias ansioso para serem entregues, recebi os produtos conforme combinado. Realmente são produtos de extrema qualidade e realmente têm um charme especial.

Gostaria de sugerir o produto para os professionais que gostam de organização e qualidade. Caem também como uma luva para presentarmos colegas de trabalho, amigos, o chefe ! (rs)

sexta-feira, julho 25, 2008

Livro: Economia sem truques



Finalizei a leitura do livro Economia sem truques, dos autores Carlos Eduardo S. Gonçalves e Bernardo Guimarães. Não me lembro exatamente onde eu vi pela primeira vez a indicação deste livro mas a verdade foi que me animei bastante quando li sua sinopse. Os autores se propoem a ensinar economia sem usar os termos técnicos e jargões da área. Um comentário mostrado sugere que o livro seja o "Freakonomics brasileiro", se referindo à obra americana de bastante sucesso.

A realidade é que, apesar de não fugirem ao que prometem, o livro se mostra bastante confuso, chegando a ser "bagunçado". O mesmo tema é tratado em vários capítulos, retomando muitas vezes tópicos já demasiadamente citados. Há citações de assuntos em um capítulo, dizendo que serão desenvolvidos posteriormente. Isso torna a leitura cansativa, sem uma linha lógica de raciocínio. Os exemplos usados são realmente interessantes, mas cabem mais como curiosidade do que para fixar as idéias.

Creio que os autores exageraram no grau de informalidade. Obviamente é interessante que surjam obras que tratem de temas como Economia de uma forma leiga. Mas existem coisas que não combinam muito. Economia é uma área que necessita de alguma base teórica para que as coisas se encaixem. Exemplos e explicações podem até contribuir de alguma forma para o conhecimento das pessoas, mas no final a sensação é que não se aprendeu nada de diferente.

O livro é muito curto, com poucas páginas. Penso que um pouco mais de conteúdo teórico não iria lhe fazer mal. Ajudaria na compreensão e realmente traria algum aprendizado ao leitor. Não sei qual exatamente foi o público almejado pelos autores. Pessoas que são acostumadas a ler (livros, jornais, revistas, etc) terão a tendência de achar o livro amador demais.

Resumindo, se você tiver tempo de sobra e uma graninha disponível (o preço do livro não é alto) até vale a pena. Mas tem coisa muito melhor disponível.

sexta-feira, junho 06, 2008

A Era da Turbulência, de Alan Greenspan



Finalmente acabei de ler o livro "Alan Greenspan : A Era da Turbulência - Aventuras em um Novo Mundo". Escrevo "finalmente" não pelo livro ser muito ruim e sim pelo tempo que levei do início ao fim. Essa demora se deve em parte à questões pessoais, falta de tempo, etc. Deve-se também ao fato de que é um livro que precisa ser lido com atenção e concentração.

Eu, assim como a grande maioria da população, sou leigo em Economia. Até leio alguns artigos e assisto noticiários na TV, mas pára por aí. Fiquei com receio de comprar este livro, imaginando que ele pudesse ser muito técnico. Mesmo assim resolvi encarar.

A obra é dividida basicamente em 3 partes : história pessoal de Greenspan, seu trabalho no FED (Banco Central Americano) e análise do mundo atual. A primeira parte, apesar de não agregar muito, é bastante interessante e até divertida. Mostra por exemplo, que uma pessoa de mente brilhante já se mostra brilhante desde pequeno. Já a segunda parte, referente ao período que Alan foi chairman do FED, confirmou minhas expectativas. De leitura difícil e com muitos números e termos técnicos, deixa o leitor leigo cansado. A terceira e última parte, apesar de também um pouco cansativa em alguns trechos vale a pena ser lida pois nos dá uma visão interessante de muitos assuntos atuais.

Resumindo, é necessária alguma coragem e força de vontade para chegar até o fim, mesmo porque o livro é grande (616 páginas). De qualquer forma eu recomendo àqueles que buscam esse tipo de informação.

quinta-feira, maio 15, 2008

Aprendiz 5



Na semana passada estreou na Record a quinta edição do Aprendiz, reality show onde o empresário Roberto Justus seleciona dentre os 16 participantes quem será seu novo sócio em uma de suas empresas.

Este programa é a versão brasileira do reality americano, apresentado por Donald Trump. Acompanho o programa desde seu primeiro ano de exibição. É uma forma bem interessante de sabermos como um empresário desse porte toma suas decisões, analisar a interação com seus consultores e com os candidatos.

Obviamente, por se tratar de um programa de TV, existe uma certa teatralização. Roberto Justus, já conhecido pelo seu estilo único, muitas vezes exagera nas críticas e nos trejeitos. Atualmente só se fala em liderança, formas de cobrança de equipe, etc. Não é sempre que Justus, no programa, segue estas regras. Não raramente se mostra mal educado e grosseiro. Faz parte do show !

Outra visão importante que podemos ter ao assistir o Aprendiz é sobre os candidatos. Nesta edição os 16 participantes foram selecionados dentre os mais de 15.000 inscritos. Não há como negar ou discutir o potencial de cada um deles, afinal passaram por uma seleção minuciosa. Mas a verdade é que, ao acompanhar os episódios, podemos perceber que apesar de extremamente preparados profissionalmente todos eles cometem falhas, às vezes grotescas. Mostram-se despreparados e inseguros muitas vezes. Tomam decisões erradas. Usam argumentos falhos.

Muitas vezes nos comparamos com profissionais de destaque e temos aquela visão de que são super-heróis. Que não erram, que têm solução pra tudo. As coisas não funcionam bem assim. Logicamente que, quanto mais preparado e com mais experiência, uma pessoa tem maiores condições de fazer a coisa certa, na hora certa e do modo certo. De qualquer forma, todos são humanos e como consequência, não estão imunes a erros. A diferença do competente com o incompetente é que o primeiro aprende com os erros e evolui. O segundo persiste nos erros, não evolui, passa a vida inteira torcendo para que algo caia do céu.

Fica como sugestão a todos acompanharem o Aprendiz 5. Apesar do horário de exibição ser muito ruim (por volta das 23h, às terças e quintas), vale a pena a espera. É impossível não desligar a TV e pensar um pouquinho em nossa vida profissional ao deitar a cabeça no travesseiro.

terça-feira, abril 01, 2008

Big Brother na empresa



Na semana passada terminou a oitava edição do Big Brother Brasil. Na minha opinião, o que há de mais interessante no programa é analisar como as pessoas se comportam nas mais diferentes situações. Agora imaginem um Big Brother na sua empresa. Câmeras filmando todos os funcionários durante todo o expediente. À noite, os mesmos funcionários poderiam ver um resumo do que aconteceu no dia.

Logicamente o que estou dizendo é apenas uma brincadeira, inviável por vários motivos. Mas a reflexão é muito interessante. Qual seria o papel que você desempenharia nesse Big Brother da sua empresa ? O quietinho ? Aquele que fala o que vem na cabeça sem pensar ? Ou aquela que se insinua para o chefe em busca de promoção ?

No dia-a-dia das empresas todos nós temos um perfil, temos um papel a ser cumprido. Muitas vezes, da mesma forma que acontece no programa de TV, nem sempre a imagem que os outros têm de nós corresponde ao que nós mesmo achamos. Muitas vezes achamos que todos gostam de nós mas a verdade pode ser bem outra. Podemos achar também que somos muito competentes mas pouca gente concorda.

Aí entra o marketing pessoal. Todos nós, na vida pessoal e profissional não temos como desconsiderar totalmente a imagem que as pessoas fazem de nós. Não é possível viver de forma tão isolada de forma a nos permitir ignorar tudo o que as pessoas pensam a nosso respeito. Desta forma, é de extrema importância que saibamos fazer a nossa propaganda, mostrar os pontos positivos de nosso trabalho, criar uma marca pessoal. Além disso, devemos ficar sempre atentos ao que as pessoas falam de nós e utilizarmos todo esse feedback para que sejamos vistos de uma forma mais positiva no meio em que vivemos.

O marketing pessoal é importante porque aquele profissional que se finge de morto, que pouco aparece pode permanecer na empresa por muitos e muitos anos mas dificilmente será escolhido para alguma posição de grande destaque. No Big Brother da TV acontece a mesma coisa. Se fingir de morto funciona somente durante o início do programa, mas quando a disputa vai se afunilando quem não buscar uma certa evidência, um certo destaque dificilmente ganhará o prêmio máximo.

Cabe a nós então refletir a respeito de como estamos sendo vistos na empresa. Nunca assumir riscos, não buscar novidades para seu departamento, enfim, viver naquela mesmice pode funcionar durante um tempo ou para cargos menores (com salários também menores). Muitas empresas valorizam mais profissionais que sabem arriscar e assumir os riscos do que aqueles que fazem o trabalho de forma robotizada. Cabe a cada de um de nós escolhermos o papel que vamos desempenhar nesse jogo ainda mais real que o Big Brother.

quarta-feira, março 19, 2008

Nem tudo pode ser gratuito !

Uma das maiores discussões envolvendo a Internet desde que ela se tornou parte do dia-a-dia de muita gente é como gerar receita a partir dela. Nos primórdios de sua popularização, pouca gente e poucas empresas estavam interessadas nisso, queriam apenas marcar presença, "demarcar" território.

Entretanto, como bem mostrou a crise no mercado de ações das empresas de tecnologia, ocorrida há alguns anos, negócios são negócios. Não é possível manter uma empresa por longo período sem que ela dê algum tipo de retorno financeiro.

Aí surge a principal dúvida: como cobrar ? Obviamente a resposta depende muito de qual exatamente é o tipo de negócio virtual de que estamos falando. No caso de venda de produtos, a forma de ganhar dinheiro é natural, óbvia. Mas em outros casos não. Vejamos o exemplo de portais como UOL, Globo.com, etc. A maior parte da receita hoje vem de assinaturas (uma vez que funcionam como provedores) e também em publicidade. Por outro lado, pouco ou nada se cobra pelo imenso conteúdo de reportagens, fotos e vídeos que estes portais disponibilizam na maioria das vezes gratuita.

Uma tese defendida por muitos publicitários e profissionais desta área é que deveria ser cobrado pouco de muitos, ao invés de muito de poucos. Ou seja, hoje um assinante da Globo.com, por exemplo, paga um valor razoável e isso acaba pagando a gratuidade de muitas informações disponíveis a qualquer um que entre no site. A idéia é cobrar poucos centavos toda vez que alguém se interessar por algum material.

Eu, particularmente, concordo com essa teste. Só vejo uma dificuldade nisso: imagine, você encontra um link de um artigo interessante e ao clicar, abre uma janela pra você digitar número do cartão de crédito, código de validação, titular e validade. Esquece ! Antes de digitar tudo isso, você já terá desistido de ler o artigo. Teria que ser criada alguma forma prática e principalmente segura de fazer esse pagamento. Está aí mais um desafio a ser superado em breve.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Quebrando paradigmas



É difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido a seguinte frase : "Você tem que quebrar paradigmas". Pois é, falar é fácil, mas muitas vezes nem quem está falando nem que está ouvindo sabe exatamente do que se trata.

Paradigma, no dicionário Michaelis significa :

pa.ra.dig.ma
s. m. 1. Modelo, protótipo. 2. Gram. Conjunto de fórmulas de palavras variáveis que servem de modelo para as demais do mesmo grupo mórfico.

paradigma
sm modelo, padrão, exemplo, protótipo.

Para explicar o que é paradigma, gosto de citar uma história que ouvi em um dos eventos que participei. É um estudo feito nos EUA, onde colocaram 3 macacos trancados em uma sala. De tempos em tempos, colocava-se um cacho de bananas dentro da sala mas se algum macaco se aproximasse ele levava um jato forte de água, impedindo que conseguisse pegar as bananas. A equipe de pesquisa então substituiu um dos macacos por outro que nunca havia visto o tal jato d'água. Quando colocaram o cacho de bananas na sala, esse macaco novo quis ir pegá-lo. A equipe não disparou o jato mas os outros dois macacos seguraram o novo, impedindo que ele alcançasse o cacho, já imaginando que ele seria penalizado. Aos poucos substituiram os outros dois macacos de modo que os 3 que estavam na sala nunca haviam levado o jato d'água. Mesmo assim, nenhum dos 3 macacos se arriscava a pegar as bananas.

Resumindo, mesmo sem saber o porquê, os macacos não pegavam as bananas porque alguém tinha "falado" pra eles não pegarem.

Nas empresas acontece a mesma coisa. Quantas vezes nos deparamos com algum profissional que faz alguma coisa de uma certa forma simplesmente porque lhe ensinaram assim e mandaram fazer assim. Isso acontece principalmente em empresas com alta rotatividade de funcionários.

Mas temos que ter em mente que um profissional que busca se destacar em uma empresa deve fazer mais do que lhe ensinam, mais do que lhe pedem. É necessário ser pró-ativo, ter criatividade, perguntar, questionar. É necessário quebrar paradigmas, os seus e os da empresa.

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