segunda-feira, julho 30, 2012

[Livro] O Brasil através das três Américas, de Beto Braga

Antes de mais nada é necessário tecer elogios pelo primoroso trabalho da Canal 6 Editora. Desde a belíssima capa dura que se encaixa até o papel utilizado, de excelente qualidade e textura agradabilíssima.

"O Brasil através das três Américas" narra a aventura de três brasileiros que, durante dez anos, cruzaram as Américas a bordo de dois Fords modelo T, com o sonho de mapear e viabilizar uma estrada que unisse todo o continente.

O autor, com muita propriedade, insere fatos e personagens históricos importantes, sempre relacionados com o momento em que a viagem se encontrava. O riquíssimo acervo fotográfico é um destaque indiscutível.

O livro começa com um bom ritmo, trazendo à tona várias curiosidades sobre os aventureiros, seus carros e a viagem. O problema é que, à medida que as páginas avançam o texto perde esse ritmo, tornando-se no final, um simples relato de datas, locais e nomes. Imperdoável também o desfecho, com pouquíssimos detalhes sobre a vida dos três brasileiros após o fim da viagem. Além disso, a natural curiosidade de como evoluiu (ou não) a ideia da grande "Carretera Panamericana" vira uma frustação, com pouquíssimas informações a respeito.

O ponto forte da obra acaba sendo realmente as fotos, o que torna o livro uma boa opção para ficar à mostra, disponível para uma folheada rápida e curiosa. 

quarta-feira, julho 11, 2012

Entrando em grandes projetos em andamento: Dicas para novos desenvolvedores

http://www.infoq.com/br/articles/tips-to-developers-starting-on-large-apps

10 ações para ter sucesso na adoção do Agile

http://www.infoq.com/br/articles/ten-things-agile-adoption

[Livro] Como se defender de ataques verbais, de Barbara Berckhan

Quantas vezes você já se deparou com uma ofensa, ficou petrificado e mudo diante da situação e depois se martirizou por não ter falado nada? Algumas pessoas, ao invés de ficaram caladas acabam exagerando, sendo mal educadas e perdendo totalmente a razão. Independente da forma como reagimos às agressões verbais, na maioria das vezes acabamos consumindo nossa energia, ficando nervosos e estressados e dando ainda mais poder ao agressor.

Considerando a praticamente infinita combinação de situações e perfis das pessoas com as quais lidamos, seria impossível criar um manual de instruções sobre como agir diante das agressões. O segredo de "Como se defender de ataques verbais" é não tentar ser esse manual completo e definitivo. O livro pode ser considerado autoajuda, mas não abusa dos lugares comuns e frases bonitas. É prático e objetivo.

Naturalmente mais indicado para pessoas com dificuldade em lidar com situações desse tipo, "Como se defender de ataques verbais" é um livro curto e fácil de ler. A leitura flui naturalmente diante dos vários exemplos e situações práticas. Deixa claro que cada pessoa deve usar a estratégia que mais lhe convém e que mais combina com sua personalidade. Sugere diversas abordagens sem estabelecer a regra do certo e do errado. Impera o bom senso, mas não há como negar que certas "sacadas" são extremamente úteis.

Importante mantê-lo sempre a mão para consultas, principalmente antes de reuniões e negociações importantes. Acredito ser interessante relê-lo periodicamente, fazendo com que as dicas sejam memorizadas e utilizadas de forma natural em nosso dia a dia.

terça-feira, julho 10, 2012

[Livro] O Vermelho e o Negro, de Stendhal

Mais de seiscentas páginas de uma literatura clássica, vocabulário rico e, de brinde, um realista e detalhado retrato da Europa do século XIX. Se isso não bastasse, um conteúdo recheado de palavras, frases e trechos filosóficos, disponibilizado ao leitor através da autoanálise dos personagens.

Ótimo, então "O Vermelho e o Negro" merece todos os elogios e indicações. Infelizmente, na minha opinião, não é bem isso. Apesar das qualidades citadas anteriormente, a obra não serve muito como um exemplo de leitura prazerosa. Apesar de trechos interessantes e com um bom ritmo, em vários momentos a leitura torna-se cansativa e sem empolgação. O autor exagera vez por outra nas discussões filosóficas e em estórias que não agregam em nada.

Aos personagens principais, falta-lhes carisma. Como, por exemplo, comparar as inconstantes e orgulhosas Srta. La Mole ou mesmo Sra. de Rênal com a encantadora e arrebatadora Elisabeth Bennet, de "Orgulho e Preconceito"? Sem comparação. Julien Sorel parece-me mais com um rebelde sem causa do que propriamente como um herói romanesco.

Minha indicação do livro seria somente aos amantes da literatura clássica, que sentem prazer não somente com um enredo empolgante mas também com um texto bem escrito, de qualidade cultural indiscutível.

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