sexta-feira, julho 20, 2007

iPhone, blog e Veja

Minha última postagem, sobre o iPhone foi motivada por um artigo que a Veja de duas semanas atrás publicou. Para quem não sabe, a Veja (e outras revistas) permite que os leitores enviem comentários sobre as matérias e alguns desses comentários, selecionados pela própria revista, são publicados na edição seguinte.

De forma resumida comparando ao post que coloquei aqui, enviei meus comentários à Veja. Fiquei muito feliz pois ele foi selecionado pela revista e publicado na edição desta semana.

quinta-feira, julho 12, 2007

iPhone


Muito se falou nos últimos dias sobre o lançamento do iPhone nos EUA. Para quem não sabe, o iPhone é o novo aparelho celular da Apple (que também fabrica o iPod). Foi anunciado há alguns meses com estardalhaço na imprensa e causou furor como uma nova revolução. A funcionalidade que mais chama a atenção é a ausência de botões e total manuseio do aparelho com os dedos.


Colocado à venda há alguns dias nos EUA, gerou filas imensas de consumidores interessados em serem os primeiros a adquirir a nova maravilha tecnológica. Mas, junto com as vendas, começaram também a surgir críticas. O iPhone tem uma série de limitações, tanto de estratégia comercial quanto de recursos técnicos.


Não vou aqui entrar em detalhes sobre cada uma das limitações, mas uma que chama a atenção é que a Apple vinculou seu aparelho à operadora de telefonia americana AT&T. Ou seja, as pessoas que querem ter um iPhone precisam contratar a AT&T, em outras empresas o aparelho simplesmente não funciona.


Isso, obviamente é uma limitação. Mas, além da questão comercial envolvida, creio que esse tipo de situação acaba funcionando como mais uma característica que ajuda a criar todo esse "frenesi" em torno do iPhone. Imagine um aparelho que, mesmo você tendo dinheiro para comprá-lo, não depende só disso para tê-lo.


O mesmo aconteceu, no início do Orkut, onde uma pessoa só podia se cadastrar se recebesse o convite de alguém já cadastrado. Várias pessoas ficavam loucas para ter seu Orkut mas não podiam enquanto não conseguissem um convite. O iPod, no início, só tocava músicas compradas diretamente do site da Apple. Outro caso semelhante.


Isso nos mostra que, quando a empresa goza de uma reputação de inovação e já existe um "culto" aos aparelhos lançadas por ela, mesmo as limitações trabalham a seu favor.

sexta-feira, julho 06, 2007

O juiz e o trabalhador descalço

Todos devem ter visto a notícia ou ouvido falar do caso do juiz do trabalho que cancelou uma audiência pelo fato do homem envolvido estar vestindo chinelos. O juiz se justificou dizendo que "o calçado era incompatível com a dignidade do Poder Judiciário". A audiência foi remarcada.

Obviamente a situação gerou comentários e várias críticas. O homem explicou que foi de chinelos simplesmente pelo fato que não tinha sapatos. Com situação financeira difícil, com esposa e filhos e desempregado, não tinha dinheiro para comprá-los.

O juiz, vendo-se criticado, aguardou o homem na data da audiência remarcada com um par de sapatos de presente. Clara tentativa de tentar reparar os danos à sua própria imagem junto ao público. O homem se recusou a aceitar o presente. Já estava usando um par de sapatos, emprestado de seu sogro.

Toda essa situação nos leva a refletir. Quantas vezes nos colocamos dentro da empresa em um pedestal, se achando mais importante ou mais "digno" que os outros funcionários ? Quantas vezes tratamos de forma desrespeitosa ou displicente alguém que vem falar conosco ?

Temos que estar atentos a isso pois, como vimos no caso citado acima, nem tudo dá pra ser "consertado" depois. Quando tratamos com seres humanos temos que estar cientes que todos temos sentimentos, orgulho, etc. E, mais cedo ou mais tarde, se não tratarmos todos bem seremos vistos na empresa como uma pessoa ruim. Mais cedo ou mais tarde, apesar dos ótimos resultados profissionais estarem sendo elogiados pela diretoria, seremos demitidos por "falta de clima".

Pra finalizar, o juiz disse que "o calçado era incompatível com a dignidade do Poder Judiciário". Dignidade ? Judiciário ? Diante dos últimos acontecimentos, parece uma piada. E de mau gosto.

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