quinta-feira, novembro 29, 2007

Indicação de site : Governança de TI

Pessoal, gostaria de indicar um excelente site sobre Governança de TI, de Eduardo Mayer Fagundes. Muito limpo, organizado e com excelente material.

http://www.efagundes.com

segunda-feira, novembro 26, 2007

Critérios de comparação : Tiago Pereira



Nos últimos dias foi confirmada a mais nova estrela do esporte brasileiro : o nadador Tiago Pereira. Ele venceu algumas etapas do Campeonato Mundial de Natação em piscina curta além de bater o recorde mundial em uma das provas. Tem mostrado uma evolução muito grande ao longo do tempo e não há dúvidas que será um dos melhores nomes do Brasil em Pequim 2008.

Não tenho nada contra o Tiago, muito pelo contrário : acho é um atleta fora-de-série. O que vem me incomodando é a forma com que a imprensa vem divulgando suas conquistas. O Brasil é um país que precisa de ídolos. Tanto o povo quanto a imprensa, para que dê Ibope em suas transmissões, vendam jornais, etc, etc.

Em todos os noticiários sempre se fala, mas sem explicar bem, que o recorde e as recentes conquistas se referem à provas em PISCINA CURTA, ou seja, a piscina NÃO-OLÍMPICA, de 25m. Como o próprio nome diz, nas Olimpíadas as provas são em piscinas olímpicas, de 50m. Aí que vem a questão : os principais nadadores do mundo preferem competir em provas em piscinas olímpicas e não em piscina curta. Um exemplo é Michael Phelps, concorrente de Tiago em várias provas e sem dúvida o maior nadador da atualidade.

Diante disso, pessoas mal informadas já pensam que Tiago estará concorrendo ao ouro em Pequim. Mero sonho ... Michael Phelps (e outros nadadores tops de linha) não participaram dessas provas que Tiago ganhou recentemente. Se ele melhorar muito em piscina olímpica, quem sabe lhe sobre um bronze.

Aí vem a questão : o que vale mais a pena ? Competir nas provas realmente de elite, buscando colocações intermediárias no início ou em provas de segunda categoria e vencer, ganhar dinheiro, ficar famoso (pelo menos no Brasil) ? O brasileiro, em geral, gosta de se comparar com quem está abaixo dele, não em quem está acima. Isso serve para o esporte e para a vida profissional também.

Quantas vezes já nos pegamos orgulhosos em saber que somos o melhor funcionário do departamento. Mas nunca nos fazemos a pergunta : o nível do departamento que sou o melhor funcionário é bom ? Devemos mirar em profissionais realmente bons e não nos comparar com a mediocridade.

Na minha opinião Tiago Pereira tem talento mas deveria o mais rápido possível ir competir em provas de primeira linha, mesmo que fique longe do pódio no começo. Com os nadadores que terá a sua frente a sua chance de melhorar é grande. Senão será mais uma decepção em Pequim para aqueles que pensaram que ele estava entre os realmente melhores.

sexta-feira, novembro 16, 2007

Orkut : vilão ou aliado ?

Eu concordo com muita gente que diz que a internet é apenas um meio para criminosos cometerem seus crimes. Ela não é a CAUSA dos crimes. Um criminoso continuaria cometendo seus delitos mesmo que a internet nunca tivesse existido. Obviamente, com a tecnologia novos crimes são criados, o que é mais do que natural da mesma forma que a tecnologia ajuda a combatê-los.

Tomemos o exemplo do Orkut. Vários pais se descabelam toda vez que ouvem notícias sobre crimes praticados através de informações divulgadas no Orkut. Se desesperam achando que seus filhos podem ser a próxima vítima.

Primeiramente cabe lembrar que hoje em dia os pais andam se abstendo da responsabilidade de educar seus filhos. Da mesma forma que os pais de antigamente precisavam saber onde seu filho ia quando saída de casa, hoje em dia é importante saber que tipo de acesso seu filho faz da internet. Ou seja, temos que ser pais presentes tanto na vida real quando na vida virtual de nossos filhos.

Além disso é importante usar a internet como um apoio nessa atividade importante de acompanhamento dos filhos. Voltando ao exemplo do Orkut, pais preocupados com seus filhos façam o seguinte :

a) Se ainda não têm um perfil no Orkut, criem-no;

b) Adicione seu filho como amigo e façam ele aceitá-lo (rs);

c) Tire alguns minutos para navegar pelo perfil do seu filho : amigos, amigos dos amigos, scraps, comunidades, mensagens nas comunidades, etc, etc, etc.

Você vai ver que nunca conseguiria obter tanta informação sobre seu filho de outra forma. Vai descobrir coisas que ele nunca iria te falar ou por falta de coragem ou por achar que não lhe interessa mesmo.

Existem coisas na vida da gente que não adianta lutarmos contra. A internet veio pra ficar e as crianças e jovens estarão cada vez mais antenados com essas novidades. Cabem aos pais, ao invés de ficarem culpando a internet por terem perdido o controle dos filhos, passarem a fazer parte também da vida virtual deles, usando as ferramentas disponíveis como aliadas.

Sugestão de software : WinMerge



Gostaria de sugerir um software bastante útil, e GRATUITO, principalmente para pessoas que trabalhar na área de TI. Trata-se do WinMerge (http://www.winmerge.org).

Esse software faz a comparação entre dois arquivos texto, indicando em uma interface de visual bastante agradável, limpa e de fácil entendimento.



Quem trabalha com TI sabe muito bem da utilidade de um software deste tipo : comparação de várias versões de código fonte, comparação de arquivos gerados para exportação/importação, etc.

segunda-feira, novembro 05, 2007

O Brasil fica na África

Na revista Veja desta semana foi publicada uma reportagem interessantíssima. Aborda uma pesquisa realizada com 1.000 brasileiros de várias cidades. Um mapa múndi era mostrado a cada pessoa e solicitado a ela que indicasse onde ficam alguns países, dentre eles o Brasil. Para o espanto dos pesquisadores, meu espanto e provavelmente o espanto de vocês que estão lendo, metade (isso mesmo, 50% !!!) dos brasileiros ou não sabiam onde fica o Brasil ou indicaram outro lugar. O principal local escolhido para aqueles que não sabem que ficamos na América do Sul foi a África. É isso mesmo : para muitos brasileiros o Brasil fica na África (sendo que alguns deles indicaram um país sem contato com o mar, interessante né ? Onde ficariam nossas praias ?).

Nesta mesma pesquisa poucos brasileiros souberam localizar os EUA, o Japão, França, etc. Também, se mal sabem localizar o Brasil imagine outros países.

Em um artigo que publiquei logo no início deste blog (http://pessoailtda.blogspot.com/2006/04/cultura-til.html) escrevi um pouco sobre essa questão da cultura de um indivíduo. Eu sempre achei que toda e qualquer pessoa deve buscar informações do cotidiano, política, economia, esporte, etc. Ninguém precisa ser especialista em nada, mas é muito bom saber um pouco de muita coisa.

Na minha opinião, é inadmissível que metade dos brasileiros não saiba localizar o próprio país em um mapa. Fico imaginando o que mais estas pessoas não conseguiriam fazer. Que nossas escolas estimulam apenas a decoreba não é novidade. Mas uma pessoa adulta deve investir em si própria. E hoje em dia não é difícil, temos revistas, livros, jornal, televisão, rádio, internet.

Pode até ser que a parcela da população mais pobre não tenha acesso a livros e revistas. Mas o que falar da televisão então ? Falam muito que a TV é um meio de comunicação que torna a pessoa passiva, ou seja, ela apenas recebe informação, não interaje. Até aí tudo bem, mas o que se percebe é que poucas pessoas têm capacidade de interpretar uma notícia de um telejornal. Não conseguem se interessar por uma notícia. Não estão preocupadas em adquirir novos conhecimentos.

O que me deixa mais preocupado ainda é saber que a situação tende a piorar. Os nossos jovens, mesmo aqueles que estudam nos melhores colégios, estão se mostrando alienados quanto à cultura geral, se interessante apenas por assuntos de seu interesse direto e pessoal.

terça-feira, outubro 30, 2007

C@fé com T.I.

A partir de hoje estarei colaborando com artigos para o site www.nix.com.br , na coluna chamada C@fé com T.I. Alguns textos publicados aqui serão replicados no site da Nix. Conto com a visita de vocês lá também ... Obrigado !

segunda-feira, outubro 29, 2007

O abismo entre o departamento de TI e os outros departamentos

Não sou tão velho assim mas ainda participei de uma época onde o departamento de TI se chamava CPD (Central de Processamento de Dados). Geralmente uma sala bem iluminada, piso elevado, muito gelada e com inúmeros avisos "Não entre", "Proibida a entrada", etc. Na verdade, as salas deste tipo procuravam se adequar às necessidades dos mainframes, computadores de grande porte ainda existentes mas muito mais comuns há alguns anos atrás.

Tenho certeza que a imagem de salas como estas ficaram gravadas na memória de muita gente. Os funcionários do CPD eram vistos como profissionais diferenciados, geralmente ganhando muito mais que os outros e que ficavam a maior parte do tempo isolados naquela sala "especial". Tudo isso contribuiu para que fosse criado um abismo imenso entre o CPD e os outros departamentos da empresa. Tudo seria história se esse abismo, muitos anos depois, não existisse mais.


Ainda hoje o departamento de TI na grande maioria das empresas é visto como um departamento "diferente". Para isso contribui todo essa cultura do passado e também a postura de alguns profissionais que não querem perder o "status", a aura de ser um profissional do "CPD". Muitos gostam de se colocar de forma superior às outras pessoas, usam e abusam de arrogância e prepotência. Mal sabem que correm o risco de serem esquecidos e mais cedo ou mais tarde serem dispensados.


Qualquer profissional de qualidade hoje em dia tem boas noções de informática. Não é mais necessário buscar ajuda nos profissionais de TI para resolver problemas básicos ou de mediana dificuldade. Além disso, existem inúmeros consultorias e consultores que oferecem serviços a preços competitivos, o que faz as empresas questionarem a real necessidade de se ter seu próprio departamento de TI. O profissional de TI hoje precisa muito mais do que simplesmente conhecimento técnico. Ele tem que enxergar o restante da empresa como seus clientes e como tais, deve tratá-los bem, com educação, qualidade e pró-atividade, propondo novas soluções.


Na visão da empresa, não basta mais que o departamento de TI apenas mantenha as coisas funcionando. É necessário se integrar com os processos da empresa, enxergar possibilidades, propor novos projetos, conversar de igual para igual com todas as esferar do poder corporativo. É necessário também saber "vender seu peixe", fazendo publicidade sadia do trabalho que está sendo desenvolvido. Se isso não acontecer, corre-se o risco do profissional de TI e seu departamento virar poeira junto os antigos CPDs.

terça-feira, outubro 09, 2007

Assassinaram o Português

Em um dos meus primeiros posts nesse blog, chamado "Exigimos Português fluente" comentei que o mau uso constante de nossa língua acabaria criando uma situação onde saber escrever e falar Português corretamente passaria a ser um diferencial de carreira.

Nas últimas semanas dois acontecimentos ganharam destaque na mídia e vêm de encontro às idéias que expus no referido artigo.

O primeiro deles foi que o governador do DF, José Roberto Arruda resolveu banir, por decreto, o uso do gerundismo (http://chegadegerundismo.zip.net/) das repartições públicas. Primeiramente é óbvio que a prática do gerundismo é realmente de extremo mau gosto. Sobre isso nem cabe discussão. Mas o governador, na minha opinião, deveria ter coisas mais importantes pra fazer do que colocar tal tipo de coisa no Diário Oficial. Penso que quis aparecer. Mas o pior é que na ânsia de aparecer, escreveu no Diário que o "Gerúndio" estava demitido. Ele ou seus assessores demonstraram total falta de conhecimento. Queriam demitir o "Gerundismo" e demitiram o "Gerúndio". Devem estar com dificuldade enorme para redigir textos sem gerúndio.

O segundo caso e com certeza o mais grave foi a descoberta de documentos do Congresso Nacional onde existiam marcas de carimbo com a paravra "Congresso" grafada como "Congreço". Já me taxaram de chato ficar procurando erros de Português. Na verdade não sou, ninguém é obrigado a decorar o dicionário inteiro. Existem realmente palavras difíceis. Mas "Congresso" não, né ?!!! Ainda mais uma pessoa que trabalha lá dentro. É inadmissível, lamentável. Dizem que o funcionário que mandou fazer o carimbo o fez por conta própria. Mais um erro então, como é que se faz um carimbo de um dos 3 poderes da República sem autorização de alguém competente ?

segunda-feira, setembro 10, 2007

Valores pessoais x Valores corporativos

Situação 1 : você, todo feliz e bem intencionado, chega na empresa e propõe a doação de R$50,00 por mês a uma instituição que cuida de crianças carentes e está precisando de ajuda de empresários. Afinal de contas, o que é R$50,00 para uma empresa, não é mesmo ?! Ainda mais para ajudar crianças ...

Situação 2 : sua equipe desenvolve um projeto que permite que, sem perdas para a empresa e para os clientes, os vendedores consigam uma comissões maiores das que têm hoje. Legal, eles ficarão muito satisfeitos com isso e toda a equipe também, por contribuir com pessoas que irão se beneficiar deste dinheiro.

Resposta 1 : para sua supresa, a empresa diz que não poderá colaborar com os R$50,00 por não ter disponibilizar de fundos específicos para esse tipo de caridade.

Resposta 2 : a diretoria da empresa manda você pegar essa diferença e não dar para os vendedores, nem avisar ninguém sobre o ganho, deixando-o como lucro para a empresa.

Acima estão descritas apenas duas situações onde funcionários se decepcionam com decisões tomadas pelas empresas. Não estamos falando de decepções profissionais e sim de decepções relacionadas aos valores pessoais. E muitas vezes essas decisões corporativas vêm sem nenhuma justificativa. É o famoso : "É assim e pronto".

A motivação de um funcionário é composta de vários fatores. Salário é um deles. Sentir que seus próprios valores são os mesmos que da empresa é outro. Uma seqüência de decepções desse tipo vai aos poucos minando a vontade de se trabalhar nessa empresa.

Muitas publicações afirmam que nestes casos o funcionário deve procurar outro lugar para trabalhar. Um lugar onde ele e a empresa compartilhem dos mesmos valores. Mas, na minha opinião, não é bem assim. Emprego não cai do céu, ainda mais se for um emprego bom, com bom salário. Muitas vezes temos (e devemos) nos sujeitar a trabalhar lado a lado com esse tipo de situação. Logicamente há um limite de tolerância. Mas ninguém vai ficar feliz em trabalhar numa empresa que tem tudo a ver consigo mesmo mas ganhando a metade do salário ... Ou vai ?!

quinta-feira, agosto 02, 2007

Resiliência

De tempos em tempos surgem algumas palavras no ambiente corporativo que viram moda. A moda da vez, junto com "coaching" é RESILIÊNCIA. O que vem a ser isso ?

Estão dizendo aos quatro cantos que o profissional moderno deve ser resiliente. Esta palavra é originária da Física, onde é usada para caracterizar materiais. No jargão corporativo indica que o profissional resiliente é aquele que consegue se adaptar às situações que surgem no dia-a-dia.

Já vi várias definições para resiliente ou resiliência mas nenhuma descreveu melhor a idéia do que uma que vi outro dia em uma reportagem de um jornal regional : o profissional resiliente é aquele que não fica reclamando se a mesa dele é ruim, se o computador dele é lento, se a empresa não lhe dá condições pra realizar o trabalho; ele simplesmente vai lá, se adapta e dá resultados mesmo em situação adversa.

Dessa situação advêm duas considerações importantes :

a) A empresa deve sim criar condições no mínimo satisfatórias para os profissionais trabalharem. Exigir que o funcionário seja resiliente não pode ser uma desculpa para não investir em infra-estrutura;

b) O que não pode acontecer é o funcionário ficar reclamando o dia inteiro que lhe faltam recursos e nada faz pra resolver a situação e usa isso como desculpa pela baixa qualidade do seu trabalho.

sexta-feira, julho 20, 2007

iPhone, blog e Veja

Minha última postagem, sobre o iPhone foi motivada por um artigo que a Veja de duas semanas atrás publicou. Para quem não sabe, a Veja (e outras revistas) permite que os leitores enviem comentários sobre as matérias e alguns desses comentários, selecionados pela própria revista, são publicados na edição seguinte.

De forma resumida comparando ao post que coloquei aqui, enviei meus comentários à Veja. Fiquei muito feliz pois ele foi selecionado pela revista e publicado na edição desta semana.

quinta-feira, julho 12, 2007

iPhone


Muito se falou nos últimos dias sobre o lançamento do iPhone nos EUA. Para quem não sabe, o iPhone é o novo aparelho celular da Apple (que também fabrica o iPod). Foi anunciado há alguns meses com estardalhaço na imprensa e causou furor como uma nova revolução. A funcionalidade que mais chama a atenção é a ausência de botões e total manuseio do aparelho com os dedos.


Colocado à venda há alguns dias nos EUA, gerou filas imensas de consumidores interessados em serem os primeiros a adquirir a nova maravilha tecnológica. Mas, junto com as vendas, começaram também a surgir críticas. O iPhone tem uma série de limitações, tanto de estratégia comercial quanto de recursos técnicos.


Não vou aqui entrar em detalhes sobre cada uma das limitações, mas uma que chama a atenção é que a Apple vinculou seu aparelho à operadora de telefonia americana AT&T. Ou seja, as pessoas que querem ter um iPhone precisam contratar a AT&T, em outras empresas o aparelho simplesmente não funciona.


Isso, obviamente é uma limitação. Mas, além da questão comercial envolvida, creio que esse tipo de situação acaba funcionando como mais uma característica que ajuda a criar todo esse "frenesi" em torno do iPhone. Imagine um aparelho que, mesmo você tendo dinheiro para comprá-lo, não depende só disso para tê-lo.


O mesmo aconteceu, no início do Orkut, onde uma pessoa só podia se cadastrar se recebesse o convite de alguém já cadastrado. Várias pessoas ficavam loucas para ter seu Orkut mas não podiam enquanto não conseguissem um convite. O iPod, no início, só tocava músicas compradas diretamente do site da Apple. Outro caso semelhante.


Isso nos mostra que, quando a empresa goza de uma reputação de inovação e já existe um "culto" aos aparelhos lançadas por ela, mesmo as limitações trabalham a seu favor.

sexta-feira, julho 06, 2007

O juiz e o trabalhador descalço

Todos devem ter visto a notícia ou ouvido falar do caso do juiz do trabalho que cancelou uma audiência pelo fato do homem envolvido estar vestindo chinelos. O juiz se justificou dizendo que "o calçado era incompatível com a dignidade do Poder Judiciário". A audiência foi remarcada.

Obviamente a situação gerou comentários e várias críticas. O homem explicou que foi de chinelos simplesmente pelo fato que não tinha sapatos. Com situação financeira difícil, com esposa e filhos e desempregado, não tinha dinheiro para comprá-los.

O juiz, vendo-se criticado, aguardou o homem na data da audiência remarcada com um par de sapatos de presente. Clara tentativa de tentar reparar os danos à sua própria imagem junto ao público. O homem se recusou a aceitar o presente. Já estava usando um par de sapatos, emprestado de seu sogro.

Toda essa situação nos leva a refletir. Quantas vezes nos colocamos dentro da empresa em um pedestal, se achando mais importante ou mais "digno" que os outros funcionários ? Quantas vezes tratamos de forma desrespeitosa ou displicente alguém que vem falar conosco ?

Temos que estar atentos a isso pois, como vimos no caso citado acima, nem tudo dá pra ser "consertado" depois. Quando tratamos com seres humanos temos que estar cientes que todos temos sentimentos, orgulho, etc. E, mais cedo ou mais tarde, se não tratarmos todos bem seremos vistos na empresa como uma pessoa ruim. Mais cedo ou mais tarde, apesar dos ótimos resultados profissionais estarem sendo elogiados pela diretoria, seremos demitidos por "falta de clima".

Pra finalizar, o juiz disse que "o calçado era incompatível com a dignidade do Poder Judiciário". Dignidade ? Judiciário ? Diante dos últimos acontecimentos, parece uma piada. E de mau gosto.

sexta-feira, junho 29, 2007

Demissão ... Sem justa causa !

Talvez uma das mais difíceis tarefas de um líder é fazer uma demissão. Tem gente que até gosta, mas creio que a maioria não se sinta confortável nessa situação. Quando a saída da empresa é merecida, ou seja, o funcionário não tem se comportado bem ou está muito abaixo do rendimento que deveria ter, as coisas ficam menos piores. Mas e quando você precisa demitir alguém super gente-fina ?

Obviamente que nenhuma demissão acontece sem motivos. Se esse cara super gente-fina estivesse tendo uma performance excelente e se dando bem com todo mundo não haveria motivos para despedí-lo, correto ? Sim, correto. Acontece que nos dias de hoje as empresas não podem contar mais com funcionários "meia-boca", aqueles que são bonzinhos, fazem seu trabalho certinho, estão sempre disponíveis ... É necessário ser um profissional pró-ativo, ter iniciativa, buscar novos conhecimentos, se oferecer para participar de projetos, ser responsável pelas suas atividades até o fim.

Nenhum líder gosta de ter um funcionário que, apesar de ser bonzinho, sempre ter que ser cobrado para as coisas saírem. O líder deve passar a tarefa e o funcionário posicioná-lo até que ela seja completada. Até algum tempo atrás as empresas aceitavam funcionários com excelente relacionamento pessoal (aquele cara que todos gostam) mas que não tinham performance muito boa. Por outro lado, também aceitavam profissionais com ótimo desempenho mas que viviam brigando com todo mundo na empresa. Hoje não, é necessário um misto das duas características.

Dessa forma, há momentos que aquele velho ditado deve prevalecer : "Amigos amigos, negócios à parte". Cabe ao líder ser o mais transparente possível com a pessoa que estiver sendo desligada, no sentido de deixar claro os motivos da saída. Cabe também à empresa disponibilizar alguns benefícios que possam ajudar esse profissional a retomar sua carreira tais como pacotes de recolocação, cursos, bônus de saída, etc.

quarta-feira, junho 06, 2007

Papai aprendiz - II

O participante do programa Aprendiz que ameaçou sair do programa em função do nascimento de sua primeira filha e havia sido demovido da idéia por Roberto Justus não aguentou mesmo ... Decidiu abandonar o programa e foi bastante criticado pelo empresário.

Conforma já havia comentado no tópico escrito anteriormente sobre assunto, não cabe a ninguém recriminá-lo por ter tomado tal atitude. Cada um decide qual é a importância da vida pessoal em relação à vida profissional.

segunda-feira, maio 21, 2007

Decoração do ambiente de trabalho

Creio que todo o profissional goste de trabalhar em um ambiente gostoso, saudável. Tenho acompanhado em algumas revistas empresas que investem milhões em seus prédios para proporcionar aos seus funcionários um ambiente agradável e bonito. Exemplos disso são o prédio do Banco de Boston, do Serasa, etc.

Obviamente nem todas as empresas têm condições de investir tanto dinheiro na construção ou reforma de seus prédios. Muitas delas não tem nem condições físicas pra isso. De qualquer forma, mesmo com estes empecilhos, é possível sim criar ambientes mais gostosos de trabalho.

Um quadro ou uma gravura de um tamanho adequado já muda o estilo de uma sala. Principalmente aqueles muito fechadas, dá uma alegria diferente. Não pode também faltar algum verde : um vaso em um canto, um enfeite de mesa ... Alguns objetos decorativos também contribuem. Um tapete, quem sabe ... Obviamente tudo isso custa dinheiro, mas nada que vá levar qualquer empresa à falência.

Isso pode parecer besteira a princípio, principalmente em empresas que não têm uma cultura de valorização de seus funcionários. Mas o valor intangível de se trabalhar em uma sala decorada, mais gostoso, menos "fria" pode se transformar em valores tangíveis rapidamente : maior rendimento, maior orgulho do seu local de trabalho, ajuda na retenção de valores, entre outras. Vale ou não a pena ?

sexta-feira, maio 18, 2007

O papai aprendiz

Ontem à noite, estava assistindo o programa "Aprendiz 4 - O sócio", na Record. Gosto muito do programa desde a sua primeira versão. Através das provas e dos comentários é possível tirar muitas dicas importantes para a realização de nosso trabalho.

Mas o que me chamou a atenção ontem foi o pedido que um dos participantes fez de sair do programa em função de sua esposa estar para ganhar a primeira filha deles. Me recordei do primeiro episódio onde ele mesmo disse a Roberto Justus que iria participar do programa até o fim mesmo sabendo que não poderia presenciar os primeiros dias de vida de sua filha.

Ele estava bastante emocionado, disse que repensou a situação e preferia sair. Roberto Justus foi bastante duro com ele, dizendo que tinha aceito as regras, que não concordava apesar de entender. Passou um vídeo onde a própria esposa do participante dizia que gostaria que ele fosse até o fim. Justus deu a ele a chance de rever sua decisão, o que acabou acontecendo ...

Eu, tive meu primeiro filho há pouquíssimo tempo (hoje ele está com 8 meses). Somente quem é pai e mãe consegue realmente imaginar pela situação que essa pessoa passou. Justus disse que ele mesmo não viu os filhos crescerem, mas sabia que estava se esforçando, trabalhando muito para garantir o futuro deles. Disse também que, se desistisse do programa, iria perder uma chance única. Concordo com os dois argumentos. Mas, e se ele se abster da chance de acompanhar o parto e os primeiros dias de vida de sua filha e no próximo programa for eliminado ? É uma chance que se corre, aliás, na vida quem não arrisca, quem tem medo de tomar decisões nunca avança.

É um situação extremamente complicada e nos traz à luz a reflexão sobre a balança entre vida pessoal e profissional. Nestas horas temos que pesar, individualmente, o que vale mais. E ninguém deveria ser criticado por tomar esta ou aquela decisão.

quinta-feira, maio 17, 2007

A Revolução Inacabada

Através da indicação de uma colega de trabalho, estou lendo o livro "A Revolução Inacabada", de Michael Bertouzos (Editora Futura). Em resumo, trata-se de um livro que aborda a questão de que o uso dos recursos computacionais atualmente ainda não simplificam a vida das pessoas como deveria. Muitas vezes acaba atrapalhando.

Para os profissionais que trabalham com TI, nos faz pensar bastante na forma como desenvolvemos sistemas e damos suporte aos usuários.

Um exemplo bastante claro é quando resolvemos comprar um novo computador. O trabalho de reinstalar todos os softwares que utilizamos no computador antigo e principalmente fazê-los funcionar é uma tarefa entediante e exaustiva. Aí vem a pergunta : os computadores vieram pra facilitar a nossa, não complicar, não é mesmo ?

À medida que surgir assuntos interessantes no livro estarei postando aqui. Abraços !

terça-feira, maio 15, 2007

Reativação do blog

Estarei retomando o blog a partir de hoje. Depois de um longo tempo sem postar, em função da correria profissional e também da maior alegria da minha vida que foi a chegada do Arthur, buscarei deixá-lo o mais atualizado possível. Abraços !

Estou lendo ...