quarta-feira, março 19, 2008

Nem tudo pode ser gratuito !

Uma das maiores discussões envolvendo a Internet desde que ela se tornou parte do dia-a-dia de muita gente é como gerar receita a partir dela. Nos primórdios de sua popularização, pouca gente e poucas empresas estavam interessadas nisso, queriam apenas marcar presença, "demarcar" território.

Entretanto, como bem mostrou a crise no mercado de ações das empresas de tecnologia, ocorrida há alguns anos, negócios são negócios. Não é possível manter uma empresa por longo período sem que ela dê algum tipo de retorno financeiro.

Aí surge a principal dúvida: como cobrar ? Obviamente a resposta depende muito de qual exatamente é o tipo de negócio virtual de que estamos falando. No caso de venda de produtos, a forma de ganhar dinheiro é natural, óbvia. Mas em outros casos não. Vejamos o exemplo de portais como UOL, Globo.com, etc. A maior parte da receita hoje vem de assinaturas (uma vez que funcionam como provedores) e também em publicidade. Por outro lado, pouco ou nada se cobra pelo imenso conteúdo de reportagens, fotos e vídeos que estes portais disponibilizam na maioria das vezes gratuita.

Uma tese defendida por muitos publicitários e profissionais desta área é que deveria ser cobrado pouco de muitos, ao invés de muito de poucos. Ou seja, hoje um assinante da Globo.com, por exemplo, paga um valor razoável e isso acaba pagando a gratuidade de muitas informações disponíveis a qualquer um que entre no site. A idéia é cobrar poucos centavos toda vez que alguém se interessar por algum material.

Eu, particularmente, concordo com essa teste. Só vejo uma dificuldade nisso: imagine, você encontra um link de um artigo interessante e ao clicar, abre uma janela pra você digitar número do cartão de crédito, código de validação, titular e validade. Esquece ! Antes de digitar tudo isso, você já terá desistido de ler o artigo. Teria que ser criada alguma forma prática e principalmente segura de fazer esse pagamento. Está aí mais um desafio a ser superado em breve.

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