segunda-feira, setembro 28, 2009

Não subestime o poder das emoções


Trecho retirado da coluna "Agenda do Líder", de Jack e Suzy Welch, publicada na revista Exame, da Editora Abril:

"(...) Desde que começamos a viajar o mundo, em 2002, sempre pedimos às pessoas que respondam, erguendo a mão, à seguinte pergunta: "No ano passado, quantos de vocês foram avaliados de verdade, isto é, quantos aqui ficaram sabendo qual era, de fato, sua situação na empresa?" Geralmente, mesmo nos auditórios mais participativos, o percentual de gente que levanta a mão confirmando a avaliação não passa de 10%. Isso é inaceitável, é revoltante. De repente, você está no comando de um negócio de 1 bilhão de dólares, trabalha com recursos em diferentes lugares do mundo, suas exposições perante a alta administração são feitas em slides sofisticados de PowerPoint. Mas, se você não diz às pessoas onde elas estão acertando e onde estão errando, não pode de maneira alguma acreditar que está no comando do negócio. Na verdade, suas avaliações devem ser tão claras que, se você tiver que dispensar um funcionário, ele nem precisará perguntar por quê. A pessoa vai querer saber apenas quais serão as condições do "acordo" e a logística para uma transição suave. (...)"

 
Eu, como gestor de pessoas, aprendi essa lição há pouco tempo. Demitir uma pessoa é uma das tarefas mais difíceis para mim. Dar um feedback negativo e sincero também nunca foi fácil. Tenho a tendência a evitar conflitos ao máximo. Encarar um subordinado, muitas vezes ele sendo uma pessoa fantástica, e dizer que não está gostando do seu trabalho não é agradável. Mas é extremamente necessário que isso seja feito. Primeiro porque você mostra que não está desistindo dele. Além disso, mostra quais são as deficiências, sugere soluções, oferece ajuda, o que são atitudes muito louváveis. O interesse em que esse funcionário "funcione" também é do gestor, da empresa. E, por último, se após vários feedbacks negativos e sinceros a pessoa não conseguir melhorar, o gestor não sentirá nenhuma amargura ou peso na consciência em desligá-lo. E nem ele poderá reclamar que não foi avisado.

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