O que levaria um leitor a dedicar parte de seu precioso tempo à contos húngaros? Por que não contos de países mais "tradicionais", contos alemães, franceses, britânicos, americanos ou mesmo lusitanos? E, obviamente, por que não contos brasileiros? Mas não, essa resenha refere-se mesmo aos contos húngaros.
Conheci o livro através de uma indicação bem positiva da seção "Veja Recomenda", da revista Veja. Como se somente isso não bastasse, reparei pela foto da capa que tratava-se de uma publicação da editora Hedra. Meu primeiro contato com a Hedra foi através da obra "Feitiço de Amor e Outros Contos" (http://www.skoob.com.br/livro/55035-feitico-de-amor-e-outros-contos). Em formato "pocket book", a editora tem feito um trabalho de qualidade superior, tanto no que se refere ao material e acabamento mas ainda mais quando falamos das informações contidas nas introduções, além das traduções irretocáveis.
Contos Húngaros traz uma introdução riquíssima de Nelson Ascher. Ele, com muita propriedade, inicia afirmando que o tamanho ou riqueza de uma nação não necessariamente tem relação com a qualidade de sua literatura. Apresenta ao leitor, de forma breve mas não superficial, um pouco da história e da cultura desse país situado na Europa Central. Na sequência discorre sobre os autores que fazem parte da coletânea: Kosztolányi, Csáth, Karinthy e Krúdy.
O estilo literário dos escritores varia, indo do humor ao realismo mágico. São textos bem escritos, que prendem o leitor. A qualidade é exacerbada pelo brilhante trabalho de tradução. A verdade é que os até então desconhecidos "contos húngaros" podem nos divertir e nos enriquecer culturalmente. E viva Budapeste!
Um comentário:
Olá Tarcisio, como vai?! Estou retribuindo com um certo atraso a sua visita ao meu blog (http://dominioti.wordpress.com) há aproximadamente um ano! Fico feliz que tenha gostado, e espero que retorne sempre! Parabens pelo blog e vamos mantendo contato!
Obrigado e ótimo final de semana!
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