segunda-feira, dezembro 27, 2010

[Livro] Mundo de Avalon, de Vincent Law


Fazer uma resenha de um livro não é tarefa das mais fáceis. Quando o autor é alguém que você respeita bastante, fica ainda mais difícil. Eis minha missão ...

Num gesto de gentileza ímpar, Vincent entrou em contato comigo oferecendo uma cópia autograda de sua obra, sem custo algum. Logicamente que aceitei, sentindo-me honrado e logo que pude iniciei a leitura.

Nunca escondi que Literatura Fantástica não é um dos meus gêneros preferidos. Mas como bom leitor que se preze (ou que queira se tornar um bom leitor) me permiti conhecer um pouco mais sobre o assunto. Mas no caso de "Mundo de Avalon", essa falta de sintonia revelou-se impactante.

Vincent, demonstrando uma criatividade incrível, criou o seu mundo, povoando-o com personagens, poderes, impérios, seres sobre-humanos. Além disso, utilizou alguns nomes bastante complexos e acredito inéditos para identificá-los. Isso torna a leitura bastante difícil e confusa em algumas partes, em especial em seus primeiros capítulos.

O autor usa e abusa de diálogos. O uso excessivo dessa técnica deixa o texto pobre e sem ritmo. Em especial, em "Mundo de Avalon", os diálogos muitas vezes se mostram realmente carentes de uma riqueza literária maior. O uso constante dos "Hum?" e "Hã?" exemplifica bem.

Outro ponto a ser destacado é a importância dada à descrição minuciosa dos personagens e ambientes. O uso excessivo de adjetivos torna o texto rebuscado sem necessidade e deixa o leitor com aquela velha sensação de "enchimento de linguiça".

Definitivamente "Mundo de Avalon" não é um "vira páginas". Seu enredo não empolga. A utilização de capítulos curtos, que geralmente prende o leitor, não funciona neste caso, talvez pela quantidade de frases, pensamentos e filosofias colocadas entre eles.

O objetivo do autor ao escrever a obra (que na verdade é a primeira de uma série) talvez tenha sido o de inovar na linguagem e na estrutura de seu texto. Pode ser que esteja um pouco a frente do seu tempo (ou do meu tempo como leitor). Apesar de não ter agradado tanto, confesso uma certa curiosidade em ver como Vincent dará prosseguimento à sua história.

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