Apenas para citar um exemplo, enquanto os concorrentes contentavam-se em lançar produtos em outros formatos ou com outras fragrâncias, a Natura lançou a linha Ekos, baseada no conceito de sustentabilidade, usando matérias-prima fornecidas por pequenos grupos de pessoas que vivem na Amazônia. Com isso, passou a vender não somente seus produtos e sim uma "aura" de empresa verde, responsável, honesta, justa. Pode até ser que alguém não compre um sabonete da Natura pura e simplesmente em função dessa postura, mas isso vale no mínimo como critério de desempate na escolha do cliente.
Mostrando-se um nascedouro sem fim de novas ideias, a Natura está lançando novos produtos da linha Ekos. Alguns, em especial, me chamaram a atenção:
Sabonete em penca sortidos
Sabonete para fatiar de cupuaçu
Sabonete em gomos de cacau
Sabonete em lascas de murumuru
Enquanto os outros continuam pensando em novas fórmulas, novos cheiros, novas cores e novas embalagens, a Natura simplesmente "inventa" novos sabonetes. Não espera que uma demanda surja, ela a cria. Estabelece diferenciais. Nenhuma outra empresa terá para oferecer a seus clientes sabonetes em penca, pra fatiar, em gomos ou em lascas. Em função desse pioneirismo poderá, obviamente, cobrar mais caro por estes produtos. Agrega valor ao que já fabrica. É mais ou menos como vender café solúvel no lugar de café em grãos. O produto é o mesmo, mas a empresa agregou valor, cobrará mais caro por isso. A Natura, mais uma vez, sai na frente.
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