A cena é típica: um funcionário quer acessar seu e-mail particular e dá de cara no bloqueio implantado pelo departamento de TI. O funcionário então liga no TI e pede pra liberarem o acesso ao tal site, pedido este que é negado de imediato, afinal de contas é contra as regras de segurança da empresa os funcionários acessarem sites não permitidos e não ligados à função que desempenha. Ele então bate o telefone e esbraveja bem alto para todos ouvirem: "O que custa o TI liberar o acesso só para eu ver um e-mail? Eles se acham donos da empresa ...".
Este funcionário não consegue entender 2 coisas:
1) A equipe de TI está apenas fazendo o trabalho que lhe é solicitado pela direção da empresa;
2) Não há nenhum problema em liberar o acesso à sua conta de e-mail particular. O problema é que não existe só ele na empresa que quer fazer isso e, pior, muitos querem mesmo é acessar sites com outro tipo de conteúdo.
Que o departamento de TI tem fama ruim é inegável. Em alguns casos a fama é merecida, mas na maioria das vezes trata-se de falta de informação de quem critica.
A questão de permitir ou não a navegação livre na internet é um dilema mais do que atual nas empresas. É óbvio que a decisão de liberar ou não o "passe livre" depende muito da cultura da empresa, do ramo na qual atua e, principalmente, da educação de seus funcionários. Quando digo educação, não quero dizer se tem faculdade, pós-graduação, etc. Digo educação no sentido mais amplo da palavra.
Eu costumo sempre lembrar o seguinte: se um recurso disponibilizado pela empresa é bem utilizado, sem exageros, dificilmente será retirado posteriormente. Acontece que se a navegação livre na internet for permitida, sempre haverá aquele engraçadinho irá passar o dia todo em atividades que de profissionais não têm nada. E, fatalmente, esse tempo perdido irá comprometer a qualidade e eficácia do trabalho a ser realizado.
A injustiça é que muitas vezes bons funcionários que usam a internet com bastante discrição e responsabilidade acabam pagando pelos engraçadinhos. O que todos têm que entender é que, na maioria das vezes, não há tempo hábil da equipe de TI para ficar acompanhando e auditando individualmente cada pessoa. Exatamente por isso que várias empresas optam por fazer alguns bloqueios.
Ser responsável com as ferramentas que a empresa disponibiliza é tarefa indispensável ao bom profissional. É nos momentos em que as pessoas acham que não estão sendo observadas que elas realmente se revelam. É questão de educação. Infelizmente está cada vez mais difícil encontrar pessoas educadas.
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